Deus me Dibre
·7. November 2024
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·7. November 2024
Na noite desta quarta-feira (6), o Cruzeiro foi derrotado por 1 a 0 pelo Flamengo, em casa, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, deixando a equipe em uma situação delicada na tabela. Após o jogo, o técnico Fernando Diniz analisou a partida, destacando o que considera o maior desafio do time no momento: a consistência. Diniz abordou os aspectos técnicos, táticos e mentais que, segundo ele, precisam ser ajustados para que o Cruzeiro possa reagir na competição.
Diniz apontou que o Cruzeiro teve um bom início no jogo, implementando a pressão alta que havia sido treinada durante a semana, mas que a equipe perdeu essa intensidade conforme o tempo passou, permitindo que o Flamengo se reorganizasse em campo. “O começo foi muito bom. Estávamos pressionando alto, mas perdemos a marcação. Quando um jogador não acompanha, temos que recuar, e foi nesse momento que o Flamengo cresceu no jogo”, comentou o técnico.
Um ponto específico destacado por Diniz foi a substituição de Matheus Pereira, que, segundo ele, perdeu intensidade e mobilidade na partida.
“Em relação ao Matheus Pereira, uma das coisas é que ele não tava conseguindo fazer pressão e o time estava andando pra trás. Em todos os jogos ele estava cumprindo essa função. Em relação a mobilidade, não sei se ele estava nas melhores condições. Eu achei que faltou intensidade pra manter a pressão e mais mobilidade pra conseguir um time mais criativo e com mais qualidade de gol.”
Para o técnico, o Cruzeiro teve algumas oportunidades de gol, mas faltou eficiência. Ele citou duas chances claras que não foram aproveitadas.
“A gente podia ter produzido mais. Mas a gente teve ao menos duas chances claras de gol. O time tem criado chances de gols, a gente não ta conseguindo concluir. Hoje, quando empurramos o Flamengo, ele soube se defender. A gente não ia ter 8 ou 9 oportunidades, ia ter 2, 3 e foi o que a gente teve, tinha que aproveitar melhor para marcar o gol.”
O comportamento da torcida também foi abordado pelo treinador. Ele se mostrou compreensivo quanto às vaias e cobranças, mas fez um alerta sobre o arremesso de um copo em campo. “Isso é um problema de quem atirou. A torcida pode cobrar e vaiar, mas não deve jogar nada no campo, pois o Cruzeiro pode ser punido”, enfatizou.
Ao ser questionado sobre mudanças de rota ou convicções devido ao momento, Diniz reafirmou a continuidade do trabalho, ressaltando que o Cruzeiro ainda está em evolução.
“Se você quer uma resposta clara, eu já falei: os quatro primeiros jogos, foram mais chances de ganhar. Fizemos um jogo ruim contra o Lanús, uma partida contra o Athletico-PR que não dá pra considerar e fizemos um jogo muito bom contra o Lanús na volta. O trabalho, se você ver, o Cruzeiro conseguiu produzir. Hoje tivemos os 25 primeiros minutos muito bons e depois perdemos o encaixe. Tem muitas coisas boas acontecendo, mas não vai acontecer de uma hora pra outras. Contra o Lanús a gente jogou bem, mas tinha coisa pra corrigir. Hoje tem coisa pra corrigir, mas tem coisas boas. É um processo de evolução da equipe. A gente ta trabalhando na direção correta. Hoje tivemos uma chance de ser mais consistente e é isso que ta faltando pro time: consistência.”
Diniz rebateu a análise de que o time atuou majoritariamente pelo lado esquerdo. “Dependemos das circunstâncias. A importância está em onde vamos criar, e não em qual lado, para que o time tenha condição de vencer”, explicou.
Sem opções ofensivas no banco de reservas, o técnico justificou a ausência de jogadores da base:
“É uma questão do que eu estou vendo nos treinamentos. Tevis, Kenji, Indio, Vitinho, Japa, todo mundo sendo observado. Vou colocar e relacionar aqueles que tão produzindo mais no treino e que podem ajudar a equipe. Qualquer momento desses o Tevis, o Kenji podem jogar ou qualquer jogador da base.”
E também comentou sobre a situação do atacante Rafa Silva, garantindo que o atleta segue parte do elenco normalmente e que, para além da suspensão, o jogador não estaria apto pois voltou a sentir a lesão na coxa.
Por fim, Diniz comentou sobre o amadurecimento mental da equipe, enfatizando a necessidade de manter a solidez emocional, especialmente em momentos decisivos. “Mentalmente, estamos nos tornando mais sólidos e fortes. Precisamos ser mais consistentes na produção e nos resultados”.