Janela “mais jovem” contribui para arrancada no Brasileirão; veja números dos reforços do Fluminense | OneFootball

Diante de um início de Campeonato Brasileiro abaixo do esperado, conquistando apenas 6 pontos em 35 disputados, o Fluminense precisou se reorganizar e mudar todo o planejamento do início do ano. Além da demissão de Fernando Diniz, técnico campeão da Copa Libertadores com a equipe em 2023, a diretoria se movimentou, trouxe sete reforços e teve que se despedir de dois “Moleques de Xerém” na segunda janela, incluindo a maior venda da história do clube.

Foto: Marcelo Gonçalves

Contratações

No primeiro semestre, Fernando Diniz apostou em jogadores experientes, e a maioria dos reforços tinha 30 anos ou mais, resultando em uma janela com média de 29,3 anos. No entanto, esses atletas não se encaixaram no estilo de jogo, contribuindo para o fraco início no campeonato nacional. O treinador também tentou recuperar o desempenho de jogadores em baixa, como Douglas Costa e Renato Augusto, enquanto os reforços mais jovens foram limitados a Jan Lucumí e Marquinhos, que pouco atuaram.

Em contraste com o início do ano, Mano adotou uma estratégia com jogadores mais jovens, priorizando força física e intensidade, com uma média de 26,6 anos. O único reforço acima dos 30 foi Thiago Silva, que, apesar de mais velho, é um jogador de nível mundial, e ídolo do clube, que elevou o nível da defesa e recebeu cuidados especiais com a condição física.

Foto: Lucas Merçon

Facundo Bernal

O uruguaio de 21 anos foi o escolhido para a difícil missão de substituir André, ídolo do Fluminense. Apesar de ter iniciado como segundo volante, com a saída de André, Bernal assumiu a posição na “volância” e divide o meio-campo com Martinelli. Facundo possui 10 jogos com a camisa tricolor, o que foi suficiente para que o jovem retornasse à seleção uruguaia. O Flu pagou US$ 3,6 milhões (cerca de R$ 20 milhões) por 60% dos direitos econômicos do atleta.

Gabriel Fuentes

Fuentes foi o último reforço da janela de transferência. O lateral de 27 anos veio do Júnior Barranquilla, da Colômbia, onde teve boas atuações na Copa Libertadores. O jogador ainda não recebeu muitas oportunidades, já que divide a posição com Marcelo e Diogo Barbosa. Desde sua chegada, ele fez três jogos com a camisa do Flu. O Tricolor pagou US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 6,6 milhões na conversão atual) e adquiriu 60% dos direitos econômicos do atleta.

FOTO DE MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC

Kevin Serna

Assim como Facundo Bernal, Kevin Serna chegou para ser uma solução no elenco do Fluminense. Com poucas opções para atuar na extremidade ofensiva, o Flu buscou um dos destaques da Libertadores. Serna enfrentou o Flu duas vezes na fase de grupos e marcou em ambas as ocasiões. O colombiano foi contratado por US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 9,7 milhões), e o clube adquiriu 70% dos direitos econômicos do jogador, que terá vínculo até o fim de 2027. Ele já atuou 15 vezes com a camisa tricolor, marcando um gol e duas assistências.

Victor Hugo

Victor Hugo tem 20 anos e foi uma indicação do técnico Mano Menezes e de seu auxiliar, Sidnei Lobo, que apreciam o atleta. Formado nas categorias de base do Londrina, ele subiu ao profissional apenas em 2022. No entanto, a maior parte de suas atuações foi no Sub-20. Ele estava no Cascavel quando foi avaliado pelo scout do Fluminense. O volante tem duas partidas pelo Flu, sendo uma como titular.

Ignácio

Com problemas defensivos desde o início do ano, o Fluminense buscou reforços para a zaga e contratou Ignácio por US$ 2,2 milhões (cerca de R$ 11,9 milhões) para 80% dos direitos econômicos, após sua passagem pelo Sporting Cristal. Ele estreou na derrota por 2 a 0 para o Vasco no Campeonato Brasileiro em 10 de agosto, entrando como reserva e recebendo elogios do técnico Mano Menezes. Titular contra o Corinthians em 17 de agosto, teve uma boa atuação, mas deixou o campo no segundo tempo com dores no joelho. O zagueiro deve ser relacionado novamente para o jogo contra o Flamengo, no dia 17 de outubro, dois meses após a lesão.

FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Thiago Silva

Após término de contrato com Chelsea, Thiago Silva recusou propostas da Europa para realizar o sonho de voltar ao Fluminense e foi um dos primeiros nomes anunciados pelo Flu na janela. O zagueiro sem custos de contratação e vem sendo uma das peças mais importante na arrancada do time para fugir do rebaixamento. Além de ficar sete jogos sem sofrer gol no Brasileirão, o capitão é uma das lideranças do vestiário. Desde seu retorno, Thiago possui 15 jogos com a camisa tricolor.

Nonato

O Fluminense teve outro retorno no meio do ano com a chegada de Nonato, que veio do Santos por empréstimo, com opção de compra, até 2025 e sem custos. Antes de sofrer uma fratura no nariz contra o Botafogo, o jogador era uma presença constante na equipe do técnico Mano Menezes, acumulando até o momento oito jogos e uma assistência.

FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Saídas

Apesar de iniciar o ano com a conquista da Recopa Sul-Americana contra a LDU, o Fluminense não manteve o desempenho e acabou não alcançando as metas previstas para a temporada, sofrendo uma eliminação precoce na Copa do Brasil e lutando contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Com isso, o clube precisou se desfazer de atletas para cumprir obrigações financeiras. Entre as saídas, estavam dois “Moleques de Xerém”: André e Alexsander.

Ídolo do Fluminense e cria de Xerém, André foi vendido para o Wolverhampton, da Inglaterra. O volante, campeão da América, se tornou a maior venda da história do Fluminense em valores fixos, com o time inglês pagando 22 milhões de euros (R$ 135,5 milhões) pelo atleta, além de 3 milhões de euros (R$ 18,5 milhões) em metas a serem atingidas.

Alexsander, também cria de Xerém, foi vendido para o Al-Ahli, da Arábia Saudita. O clube saudita adquiriu 85% dos direitos econômicos do jogador de 20 anos por 9 milhões de euros (cerca de R$ 54 milhões). Ele é a terceira maior venda da atual gestão, ficando atrás apenas da venda de Kayky para o Grupo City e de André.