Jogada10
·5. Februar 2025
Justiça retira Bandeira de Mello de processo do incêndio no Ninho
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·5. Februar 2025
Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello está fora do processo do incêndio do Ninho do Urubu. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou o pedido do Ministério Público e entendeu que a pretensão punitiva está prescrita. O juiz Tiago Fernandes de Barros acatou o pedido nesta quarta-feira (5). O requerimento, aliás, foi feito na última segunda-feira (3) pela promotora Roberta Dias Laplace.
A decisão aconteceu porque o processo já completou quatro anos. A prescrição é de oito anos caso o acusado não seja menor de 21 anos na data do crime ou tenha mais do que 70 anos quando a sentença for proferida. É justamente o cenário de Bandeira, que já completou 71 anos e fará 72 em março deste ano. Assim, a prescrição cai pela metade (quatro anos).
Em nota, Bandeira de Mello afirmou ter recebido com surpresa a decisão e considerou incomum o pedido do MP para extinguir a punição. Ele, aliás, alegou que existem provas que mostram sua inocência no caso.
“Estávamos há mais de 100 dias aguardando que eles apresentassem suas alegações finais e permitissem o julgamento do caso. Agora, o órgão que me acusou não parece interessado em uma decisão do Judiciário.
Após mais de 4 anos de processo, todas as provas produzidas apontam a minha inocência. Prefiro acreditar que não, mas talvez isso explique a demora da Promotoria para apresentar as suas alegações finais e a agilidade do mesmo órgão em pedir essa prescrição”.
Assim, o caso agora fica com sete réus. Antonio Marcio Mongelli Garotti (Diretor financeiro do Flamengo entre 2017 e 202o), Claudia Pereira Rodrigues (responsável por assinatura de contratos da NHJ), Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva, Weslley Gimenes (engenheiros responsável técnicos pelos contêneires), Edson Colman da Silva (Sócio da Colman Refrigeração) e Marcelo Maia de Sá (Diretor adjunto de patrimônio) respondem pelos crimes de incêndio culposo e lesão grave.
O incêndio do Ninho do Urubu, aliás, vai completar seis anos no próximo dia 8 de fevereiro. Até hoje ninguém sofreu uma punição criminalmente.
Na madrugada do dia 8 de fevereiro de 2019, um incêndio no Ninho do Urubu deixou dez mortos e três feridos. Outros 13 jovens escaparam. O fogo atingiu o alojamento do CT onde dormiam jovens das divisões de base do clube. Investigações chegaram à conclusão de que a tragédia começou com um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado, e o local não tinha todas as autorizações para funcionar por não cumprir as normas de segurança. Oito pessoas sofreram acusação de homicídio e tentativa de homicídio com dolo eventual.
Por fim, todas as famílias das vítimas entraram em acordo com o Flamengo. O último, aliás, aconteceu na última terça-feira (4), quando o clube entrou fechou acordo com a família de Christian Esmério. Contudo, os valores dos acordos estão em sigilo. As cifras que envolveram os documentos não foram externadas por clube ou familiares. Os números, aliás, variam de acordo com a necessidade e situação de cada familiar.