Deus me Dibre
·10. November 2024
Deus me Dibre
·10. November 2024
Após a derrota para o Flamengo por 1 a 0 na Arena MRV e a perda do título da Copa do Brasil, o técnico Gabriel Milito concedeu entrevista coletiva analisando o desempenho do Atlético e as dificuldades enfrentadas na partida decisiva. Segundo o treinador, o plano de jogo alvinegro envolvia buscar o ataque em profundidade e forçar cruzamentos para o centroavante Alan Kardec, porém, a forte defesa flamenguista, especialmente no segundo tempo, dificultou a estratégia atleticana.
“Precisávamos de tentar romper a defesa por fora e por dentro. Tentamos muitos cruzamentos que não conectamos. Na segunda parte, a decisão de colocar um centroavante era para aproveitar a profundidade de Arana e Scarpa nos cruzamentos e tentar assumir o controle da partida, jogando no mano a mano, que não é fácil contra essa equipe, com essa qualidade.” explicou Milito, que viu o Flamengo reforçar a defesa no segundo tempo com uma linha de cinco jogadores, dificultando a criação atleticana e abrindo espaços para contra-ataques.
O treinador reconheceu que o Atlético precisou correr mais riscos e se expor no segundo tempo em busca do gol, mas exaltou a postura de sua equipe.
“Estou orgulhoso dos jogadores, de como competiram. Geralmente, se sente mais orgulhoso quando se ganha, mas eu estou orgulhoso da derrota, pela forma como enfrentamos o segundo jogo, com a adversidade no resultado e com valentia tentar ganhar a partida. Seguiremos pelo mesmo caminho que nos trouxe até aqui.”
Milito destacou a resiliência dos jogadores como um ponto positivo e reforçou que, embora a derrota traga frustração, o Atlético deve tirar lições para a final da Copa Libertadores, ainda em aberto. “Seguiremos pelo mesmo caminho que nos trouxe até aqui. A derrota gera dor, mas continua. Temos que pensar no jogo do Brasileirão primeiro e, com tempo e tranquilidade, preparar para a final da Copa Libertadores” afirmou o treinador.
Com a eliminação na Copa do Brasil, Milito explicou que pretende fazer menos rotações no elenco, concentrando esforços na sequência do Campeonato Brasileiro e na preparação para a final da Libertadores. O técnico também comentou sobre a recuperação de atletas lesionados, como Bernard e Zaracho, para fortalecer o time na reta final.
“Eu senti que era necessário trocar a equipe, rotacionar, porque precisávamos chegar com energia aos jogos da Copa do Brasil e da Libertadores. Agora terminou uma competição. Estamos no Brasileiro e na Libertadores e as rotações terminaram. Agora jogarão quem eu acho que deve jogar e que estão melhor para jogar. E esperamos que no Brasileiro todos os jogadores terão que ganhar a possibilidade de jogar a final. Quem jogará a final? Quem melhor estiver. Isso gera competição interna e não devemos agora pensar na final.”
Sobre a escolha de Alan Franco para iniciar a partida, Milito ressaltou que buscava um meio-campo mais combativo e dinâmico para o confronto decisivo. “Precisávamos de jogadores com energia no meio de campo e o Alan Franco tem muita energia pra recuperação e para atacar” justificou o técnico, que também destacou a entrada de Kardec no segundo tempo para dar maior presença na área.
O treinador assumiu a responsabilidade pela derrota na final, reconhecendo que ajustes poderiam ter sido feitos, mas reafirmou o mérito do Flamengo e a imprevisibilidade do esporte. “A responsabilidade é totalmente minha. Só minha. Porque o rival também joga, porque é um esporte, todos querem ganhar, mas só ganha uma. E hoje nós perdemos” declarou Milito.
Apesar da derrota, Milito demonstrou confiança de que o Atlético estará na Libertadores de 2025, seja pelo Campeonato Brasileiro, onde o time precisa de uma recuperação na tabela, ou pela própria conquista da Copa Libertadores, cuja final ainda está por vir. “Para isso lutaremos, trabalharemos para conseguir” concluiu o técnico, determinado a buscar uma revanche em solo continental.