Notas: Portuguesa 1 x 2 São Paulo | 5ª rodada – Paulistão 2025 | OneFootball

Se não for com emoção… nada é mais São Paulo do que uma vitória inesperada, com a assinatura de Cotia; e acompanhada de frio, chuva, apagão e agressão à língua portuguesa. Em uma verdadeira farofa de acontecimentos no Pacaembu, o São Paulo vence a Portuguesa por 2 x 1, se isola na liderança do Grupo C com 1 jogo a menos, e se aproxima de uma classificação tranquila ao mata-mata.

Mais frio do que o clima pairando sob a cidade, foi o começo da partida: com apenas 3 minutos, um dos refletores do Pacaembu se apagou, impondo uma pausa até os 11. Quando a bola voltou a rolar, o São Paulo demorou para se reencontrar, o que custou caro aos 13min: Bobadilla recebeu bola tranquila na defesa, mas tocou bizarramente errado e entregou de graça para Renan Peixoto, que saiu na cara do gol, e ainda contou com escorregão de Jandrei para conferir. Na sequência, a Lusa continuou superior, mas por sorte, um pênalti caiu do céu: aos 22, Erick foi lançado na área, tentou cruzar e a bola foi no braço do zagueiro. O árbitro Matheus Delgado Candançan foi ao VAR, apontou a marca da cal, e André Silva empatou em ótima cobrança. Dali até o intervalo, o São Paulo mudou o panorama, mas sem conseguir a virada; aos 50, André Silva chegou a marcar de novo, mas o gol foi anulado por toque acidental na mão.

Na volta do intervalo, o São Paulo até teve chances de perigo, com destaque para o chute de Ferreirinha no pé da trave aos 21 minutos, após grande passe de Rodriguinho. O lance, porém, mascarava um 2º tempo ruim tecnicamente, de poucas emoções e bons momentos. Quando tudo indicava o empate, o diamante bruto de Cotia brilhou, de novo nos acréscimos: na falta de um gol na decisão da Copinha, Ryan Francisco recebeu ótimo passe de Bobadilla, saiu de frente com o goleiro e guardou, garantindo a terceira vitória consecutiva na temporada.

Ryan Francisco, um nome que será muito ouvido no futuro.

Notas:

Jandrei – Em relação ao gol, um erro que merece absolvição. E no grande lance da Portuguesa no jogo, fez grande defesa em chute de Fernando Henrique. 6.5

Ferraresi – Discreto no jogo, sem lances de destaque. 5.0

Ruan Tressoldi – Apagado e sem nenhuma culpa no gol da Lusa. 5.0

Sabino – Já teve noites de maior destaque e holofote. Pouco lembrado hoje. 5.0

Patryck – “Correspondeu” a baixíssima expectativa mais uma vez, partida apagada. Que tenha sido a última. 5.0

Santiago Longo – Esforçado e participativo, mas sem grandes contribuições no resultado. 6.0

Bobadilla – Cometeu um erro bisonho, para dizer o mínimo, mas limpou o filme com a assistência para o gol da vitória. 7.0

Erick – Cavou o pênalti do empate, e tentou mostrar serviço. Não conseguiu grande coisa. 6.5

Marcos Antônio – Apagado no jogo, teve uma única chance de se consagrar dentro da área, mas chutou a bola em São Mateus. 5.0

Ferreirinha – O heroísmo de Ryan Francisco, em parte, poderia ser seu, faltaram alguns centímetros. Olhando para todo o jogo, foi o melhor em campo, dando trabalho para defesa. 8.0.

André Silva – Cobrou o pênalti como manda o manual, sem firula. Não fosse a controversa regra, teria anotado dois; Calleri que se cuide. 7.0

Reservas:

Rodriguinho – Substituíu Santiago Longo, fazendo partida regular. Poderia ter se consagrado pela assistência para o gol de Ferreirinha. 7.0

Calleri, Enzo Diaz e Lucas Ferreira – Em momentos distintos, substituíram André Silva, Patryck e Erick, sem contribuir com destaque. Sem notas.

Ryan Francisco – Todo e qualquer exagero aqui está permitido. Uma estrela dessa é rara de se encontrar no futebol, que o São Paulo tenha o máximo de cuidado para lapidar uma nova joia do nosso país. 10.0

Luis Zubeldia – Antes tarde do que nunca, esperamos que tenha aprendido a usar a base e a rodar o elenco, não precisando de atos controversos do presidente e da gestão para dar chance aos meninos de Cotia. Ryan Francisco manteve a grande fase da equipe neste início de ano, e renovou a confiança para o San-São. Será que não é momento de Calleri passar uma estadia no banco? Temos a base e André Silva pedindo passagem. 7.5

Nota geral –Temos que dar nome aos bois, vimos um jogo bastante fraco em qualidade e emoções. Porém, é preciso considerar o fato do time reserva, completamente desentrosado. Não é dia de grandes críticas, o que importa são os três pontos, e quem sabe, um Paulistão tranquilo de ponta a ponta, o que, por coincidência, não vivemos desde 2021. 7.5

Bola cheia:

Cotia – Considerados a salvação de um clube desgovernado fora de campo, mais uma vez provaram seu talento. Maltratados desde a última safra vitoriosa, deram um belo cartão de visitas, especialmente nosso artilheiro. Porém, muita hora nessa calma; se queremos pleno sucesso dos nossos meninos, o processo precisa ser correto, e nada como ganhar o Paulistão e garantir logo a temporada, para propiciar um ambiente certo e de mais tranquilidade; nada de jogá-los na fogueira, como fizemos com Antony no pavoroso ano de 2019, o que explica, em parte, a irregularidade de uma das grandes promessas recentes de Cotia.

Bola murcha:

Adaptação ao sintético – Já dizia o velho clichê: “se não pode vencê-los, junte-se a eles”. O gramado sintético está longe de ser o ideal, marcado por polêmicas, e tendo abreviado a passagem de Galoppo pelo Morumbi. Mas infelizmente, está virando tendência, e o São Paulo precisa se adaptar a ele, criar uma estrutura para que os jogadores tenham mais adaptação. Hoje, além da questão do entrosamento, nitidamente vimos o time sofrer com a grama artificial.