Palmeiras: Dirigente uruguaio critica postura de Leila e aponta xenofobia | OneFootball

Nesta quinta-feira (20 de março), em entrevista à Rádio Carve Deportiva 1010 AM, de Montevidéu, no Uruguai, Eduardo Ache, ex-presidente do Nacional-URU, teceu fortes declarações contra Leila Pereira, presidente do Palmeiras.

Para quem não sabe, a mandatária, após o caso de racismo envolvendo o atacante Luighi, manifestou sua indignação e boicotou o sorteio da fase de grupos da Copa Libertadores, na última segunda-feira (17 de março). Assim, Ache se incomodou com a atitude de Leila e disparou contra a dirigente, afirmando que ela é a ‘única que não pode se preocupar com o racismo’.

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Além disso, ele ainda citou casos de xenofobia com torcedores de outros países no Brasil, lembrando dos incidentes na final da Libertadores de 2023, entre Fluminense e Boca Juniors, e na semifinal de 2024, entre Botafogo e Peñarol. Por fim, ele acrescentou que as falas de Leila incitam violência e ela será responsabilizada caso os torcedores do Nacional sofram xenofobia em território brasileiro.

“Que Leila Pereira não se faça de santa e pura com o tema do racismo, porque o que acontece no Brasil e com os torcedores uruguaios quando vamos para lá é dez vezes pior. A única que não pode se preocupar com o racismo é Leila. Muitos clubes hoje estão preocupados, o Nacional tem que ir duas vezes jogar no Brasil, e o que a presidente do Palmeiras está dizendo gera e incita violência”, iniciou.

“Eu a responsabilizo se algo acontecer com um torcedor do Nacional no Brasil. Quando eles (brasileiros) vêm aqui, são tratados como senhores, e quando vamos para lá, eles nos espancam”, acrescentou.

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Eduardo Ache, ex-presidente do Nacional-URU (Foto: Reprodução/Nacional-URU)

Dirigente reconhece fala polêmica de presidente da Conmebol

Apesar das críticas direcionadas à presidente do Palmeiras, Eduardo Ache, ainda na entrevista, reconheceu que o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, não fez a analogia mais ‘feliz’ ao responder sobre a ausência dos times brasileiros nas competições continentais.

Para quem não sabe, Domínguez afirmou que a Libertadores sem os brasileiros seria ‘como Tarzan sem Chita’. Obviamente, a frase não foi bem aceita entre os clubes do Brasil. Mesmo assim, Ache voltou a criticar Leila Pereira e não se opôs à saída dos brasileiros da Conmebol.

“Alejandro Domínguez não usou a melhor metáfora, mas a única que não pode falar sobre esse tema é Leila Pereira. Conversamos sobre isso com Domínguez e sei que há um movimento de clubes, incluindo o Nacional. É preciso fazer o Brasil sentir que está passando dos limites. Se os brasileiros quiserem ir para a Concacaf, que vão”, concluiu o dirigente uruguaio.

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