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Central do Timão

·23. Mai 2025

Polícia indicia Augusto Melo por caso VaideBet e pressão por renúncia aumenta; saiba próximos passos do inquérito

Artikelbild:Polícia indicia Augusto Melo por caso VaideBet e pressão por renúncia aumenta; saiba próximos passos do inquérito
  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

O inquérito da Polícia Civil de São Paulo sobre o caso VaideBet terminou com o indiciamento de quatro pessoas pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro, entre elas o presidente do Corinthians, Augusto Melo. Os outros indiciados foram Sérgio Moura (ex-superintendente de marketing), Marcelo Mariano (ex-diretor administrativo) e Alex Cassundé (indicado pelo clube como intermediário do acordo com a casa de apostas).

A investigação, comandada pelo delegado Tiago Fernando Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), foi concluída nesta quinta-feira, 22, sem definir a situação de Yun Ki Lee (ex-diretor jurídico), pois o mesmo pediu habilitação nos autos, mas o pedido ainda não foi apreciado. Posteriormente, as autoridades farão suas conclusões sobre ele.


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Foto: Reprodução

O patrocínio entre Corinthians e VaideBet foi anunciado em janeiro de 2024 como sendo o maior da história do Brasil, mas teve um fim abrupto em junho, após a empresa acionar a cláusula anticorrupção, na esteira do escândalo provocado por denúncias de que a empresa Rede Social Media Design, de Alex Cassundé, repassou parte dos R$ 1,4 milhão recebidos como comissão a uma empresa laranja.

Na investigação, a polícia conseguiu rastrear o caminho percorrido pelo montante pago pelo clube à suposta intermediária. Os valores foram desviados para diversas outras empresas, em uma teia de transferências bancárias que a investigação chamou de “percurso maquiavélico” e que terminou na UJ Football Talent Intermediação, empresa que Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), apontou como sendo parte das atividades do grupo criminoso no mundo do futebol.

Próximos passos

Agora, o caso vai para o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que deve analisar as conclusões do delegado e todas as evidências coletadas pela investigação desde maio do ano passado. Vale lembrar que o MP acompanhou a Polícia Civil durante o inquérito, participando inclusive das oitivas – prática considerada comum, que visa tornar os procedimentos mais céleres.

O MP-SP tem total autonomia para tomar a decisão que considerar a melhor sobre a investigação feita pela polícia. A promotoria pode tanto acatar integral ou parcialmente as recomendações de indiciamento quanto alterar alguma acusação, incluindo algum crime não considerado pela polícia, ou pode até mesmo rejeitar as recomendações e pedir o arquivamento do inquérito.

Nesta nova etapa, o MP-SP pode solicitar novas diligências ou depoimentos caso decida necessário, mas também pode tomar sua decisão apenas com a análise dos autos do inquérito. Portanto, é possível que o presidente Augusto Melo sequer seja ouvido pelos promotores.

Caso se decida pela continuidade do inquérito, seja mantendo as acusações da polícia, seja modificando-as, então o MP-SP procederá com a denúncia dos envolvidos à Justiça, que precisa aceitar a denúncia. Caso aceite, o passo final é instaurar um processo na primeira instância, tornando os acusados, oficialmente, réus.

Apoio político desmorona

A Central do Timão apurou que os primeiros momentos após a notícia do indiciamento foram desastrosos para Augusto Melo, nos bastidores do Parque São Jorge. Relatos dão conta de que importantes apoiadores do mandatário alvinegro nos órgãos fiscalizadores do clube declararam, informalmente, que não estão mais ao lado do presidente.

Internamente, uma parcela considerável da diretoria deseja a sua renúncia do cargo. De acordo com Luis Fabiani, da Rádio Bandeirantes, seis diretores se reuniram nesta noite de quinta-feira e decidiram que deixarão seus cargos caso Augusto Melo não se afaste da presidência do Corinthians.

Nas redes sociais, as reações entre os torcedores do Corinthians são similares, com a imensa maioria também exigindo uma renúncia do dirigente. Tal exigência também é compartilhada por setores das torcidas organizadas, que poderão articular uma pressão para fazer Augusto Melo tomar esta decisão.

Por fim, a situação política do presidente se fragiliza muito para a votação da próxima segunda-feira, 26, no Conselho Deliberativo, que aprecia o mérito do processo de impeachment contra o dirigente, justamente por irregularidades estatutárias cometidas no caso VaideBet. A tendência de aprovação do afastamento de Augusto Melo deve aumentar, com o seu indiciamento.

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