SportsEye
·29. Mai 2025
Pressão máxima: só a vitória salva o Fortaleza na Argentina

SportsEye
·29. Mai 2025
O Fortaleza entra em campo pela Libertadores pressionado não só pela obrigação do resultado, mas também pelo peso de uma série de atuações pouco convincentes. Dos últimos 15 jogos disputados, o time comandado por Juan Pablo Vojvoda venceu apenas três, sendo um desses triunfos resultado de uma decisão administrativa da Conmebol — a vitória contra o Colo-Colo foi confirmada após a interrupção do jogo por invasão de torcedores, quando o placar ainda registrava empate sem gols.
O retrospecto recente mostra um cenário preocupante: além das poucas vitórias, foram oito empates e quatro derrotas. Nesse período, o Fortaleza balançou as redes do Juventude em uma goleada por 5 a 0 pelo Brasileirão, superou o Colo-Colo dentro de campo pela Libertadores (4 a 0) e, como já citado, venceu o clube chileno por decisão da entidade sul-americana. Fora essas partidas, o Leão do Pici viu-se travando encontros travados — como os 0 a 0 contra Internacional, Bucaramanga, São Paulo e Sport — e tropeçando diante de rivais diretos por vagas e pontos importantes, casos dos reveses para Cruzeiro, Vasco, Palmeiras e Vitória.
A equipe foi eliminada nos pênaltis pelo Retrô na Copa do Brasil e, no Brasileirão, os empates e as derrotas recentes acentuaram a instabilidade do desempenho. A dificuldade para transformar oportunidades em vitórias ficou marcada no volume de empates, incluindo confrontos de pouca inspiração ofensiva.
O momento impõe ao grupo de Vojvoda a necessidade de reencontrar caminhos — principalmente para evitar depender de combinações externas na Libertadores. Contra o Racing, em Avellaneda, um triunfo é fundamental não apenas para a classificação às oitavas de final, mas para resgatar a confiança de um elenco que perdeu fôlego e capacidade de decisão nos últimos duelos. O desafio, além do rival argentino, será reencontrar a postura agressiva e o equilíbrio que fizeram do Fortaleza uma equipe marcada por intensidade e competitividade em ciclos recentes.
A pouca efetividade ofensiva — especialmente fora de casa — e a oscilação defensiva têm colocado em xeque o trabalho de um time que começou a temporada com expectativas mais otimistas. O ambiente agora exige resposta concreta em campo, sem espaço para adiar soluções ou repetir velhos erros.
Para os torcedores, a expectativa é que a pressão do momento sirva de combustível para uma reação urgente. A Libertadores apresenta mais uma oportunidade para virar a chave e retomar o caminho das vitórias — algo que, neste momento, vale mais que qualquer análise estatística.
Fonte: NE45