Abel Ferreira vê Palmeiras abaixo fisicamente, mas valoriza “espírito competitivo” contra o Noroeste | OneFootball

O técnico Abel Ferreira viu um Palmeiras abaixo fisicamente no empate por 1 a 1 com o Noroeste, neste sábado. Apesar de reconhecer a partida oscilante de sua equipe, o comandante valorizou o “espírito competitivo” dos jogadores, que buscaram o empate após sair atrás do placar.

“Não estou poupando ninguém. Quem ficou em São Paulo está treinando. Infelizmente, por conta do calendário, não tem outra forma. E mesmo assim você viu os jogadores hoje, as questões físicas, os erros que tivemos. O tempo e espaço que demos ao adversário. Os jogadores do Noroeste começaram a treinar enquanto estávamos de férias. O resultado é importante, mas não posso deixar de olhar pelo lado físico e a altura da temporada”, disse Abel em entrevista coletiva.

“Nossa dinâmica hoje não foi tão boa, fomos lentos, talvez pelo calor. Alguns passes simples falharam, o que para mim é normal. A dinâmica no Allianz (contra a Portuguesa) foi acima do que eu esperava, esperava algo como hoje, um jogo de pouca dinâmica. Mas ficou o espírito competitivo de lutar até o fim. Sinceramente, acho que o Noroeste mereceu, o resultado é justo”, complementou.

Questionado quando o Palmeiras começará a atuar sem o esquema de rodízio, poupando os jogadores, Abel disse que espera ter os jogadores em suas condições plenas a partir da sexta ou sétima rodada do Paulistão. O treinador quer ter o elenco em sua melhor condição física antes de levar a campo força máxima.

“Eu acredito que em quatro, cinco jogos, os jogadores poderão estar próximos daquilo que são suas capacidades físicas. Quanto ao ritmo de jogo, ele só se ganha jogando, não tem outra forma. Nós vamos continuar assim, temos que preparar nossa equipe, competir”, disse o treinador.

Em um duelo marcado por muitas chances de gols para os dois lados, o Noroeste abriu o placar no começo do segundo tempo, com Carlão. O Palmeiras cresceu após sair atrás e igualou com Thalys, que estava na Copinha e foi chamado por Abel para fazer parte do plantel neste começo de Estadual.

Com a igualdade, o Palmeiras mantém momentaneamente a liderança do grupo D, com quatro pontos, um a mais em relação a São Bernardo e Ponte Preta, que ainda jogam na rodada.

O próximo compromisso do Palmeiras será contra o Santos, às 21h35 (de Brasília) de quarta-feira, no Allianz Parque.

Veja outros trechos da coletiva de imprensa de Abel Ferreira:

Atuação do Noroeste

“O Noroeste é organizado, com capacidade física bem evidente. Sei como é difícil jogar fora de casa com essas equipes, as divididas sempre são duras. É dar os parabéns ao Noroeste, fizeram uma partida competitiva”.

“Acho que esse jogo começa no lado motivacional, a gente viu nas divididas. É assim que funciona, é a chance dos jogadores se mostrarem contra uma equipe grande, como o Palmeiras. No Paulista, os jogadores se destacam, é um torneio que as pessoas assistem. Foi um time com resiliência, com parte física, isso encurtou a distância técnica entre os times. Mas como te disse, já jogamos em gramados muito piores, ele não foi o responsável pelo empate. Há 14 anos que o Palmeiras não vinha aqui, o Noroeste subiu, sejam bem-vindos, desfrutem.”

Mudanças ao longo do jogo

“Reconheço que o Facundo foi prejudicado em relação a como ele gosta de jogar. Joguei com Mayke e Giay abertos pela direita, depois troquei. Pensei mais na parte física do que nas dinâmicas dos jogadores. Quando passei Facundo para direita, com Mayke atrás, e Rômulo na esquerda, a equipe melhorou. Queremos que nossos jogadores voltem ao máximo de sua forma”.

Importância dos jovens

“A verdade é que os moleques que são da base são tratados iguais aos outros. Ao longo do Paulista, vou escolher os que estão melhores. Thalys vai nos ajudar, escolhemos de acordo com o que nos mostram nos treinos e nos jogos. O Paulista serve para isso, podemos ver os jogadores que estão à frente em termos físicos e técnicos, vamos tentar igualá-los. Queremos ter um elenco competitivo em todas as posições. Jogadores do plantel podem sair ou não. Se sair, vamos repor. Gosto muito da base, mas ela não pode sozinha sustentar a exigência do futebol profissional. Temos que fazer um esforço para a equipe se manter competitiva.”