Às vésperas da decisão, presidente do Flamengo expõe pressão e expectativas contra o Atlético | OneFootball

Foto: Reprodução Matéria: Thiago Florêncio

Em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste sábado (2), véspera do primeiro jogo da final da Copa do Brasil contra o Atlético, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, abriu o coração sobre as expectativas de conquistas expressivas que a equipe carioca não atinge desde 2022.

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No ano passado, o Flamengo amargou um ano de resultados abaixo do esperado e encerrou a temporada sem erguer um troféu. Já em 2024, a equipe conquistou o Campeonato Carioca sob o comando de Tite, mas enfrentou eliminações difíceis, caindo nas quartas de final da Conmebol Libertadores e vendo suas chances de título no Brasileirão diminuírem  – ocupando a quarta posição, com 55 pontos.

A Copa do Brasil surge agora como principal esperança do Flamengo para encerrar o ano com uma conquista, intensificando ainda mais a pressão sobre a gestão de Landim.

“A turma quer mais? Eu também quero! Mas outros clubes são estruturados. O lado bom dessa história, sinceramente, é que a gente acaba ficando vítima do próprio sucesso. A gente gera uma expectativa muito alta nas pessoas, e aí os caras acabam reclamando”, afirmou Landim.

Críticas à imprensa carioca

Além de pressionado pelo desempenho do clube, Rodolfo Landim expressou desconforto com o modo como a imprensa carioca lida com as expectativas em torno do clube.

Questionado sobre os motivos que levaram à demissão de Tite no fim de setembro, o presidente não poupou palavras e fez um desabafo. Para ele, o Flamengo tem sido alvo de cobranças desproporcionais, que colocam pressão adicional sobre a equipe e a gestão.

“Resultado, né? E ele ganhou o Carioca, hein? Eu vi uma manchete do GLOBO: ‘Flamengo pode ganhar só o Carioca’. O Estadual foi disputado com o último campeão da Libertadores e provavelmente o próximo. E o Flamengo ganhou. Mas não é considerado importante quando se ganha. Quando se perde, é um problema”, disse.

“E o Flamengo ainda está disputando o Brasileiro, com a probabilidade baixa, e está na final da Copa do Brasil. Fico imaginando uma manchete assim: ‘Flamengo vai para a terceira final seguida da Copa do Brasil’. A notícia não é a possibilidade de não ser campeão. É o fato de você ter conseguido montar uma equipe com consistência para disputar três finais seguidas de uma competição”, justificou.

Críticas ao calendário do futebol brasileiro

Por fim, ao ser questionado se o clube estaria “negligenciando” o Brasileirão, Landim discordou e apontou para o que considera um dos grandes desafios dos clubes: a sobrecarga do calendário do futebol brasileiro.

De acordo com o presidente, o intenso ritmo de jogos e as convocações para eliminatórias e Copa América prejudicou o rendimento dos times, especialmente aqueles que disputam várias competições ao longo do ano.

“A gente tenta qualificar o plantel para ter um grupo de jogadores mais ou menos do mesmo nível. É uma maneira de rodá-los, se houver necessidade. O grande problema é que a gente perde os jogadores para as seleções, então acaba jogando com o que tem”, disse.

“Tem crítica de que o Flamengo abandona o Brasileiro. É o Brasileiro que abandona o Flamengo. Os caras pegam e botam 14 jogos dentro da Copa América ou Data Fifa. São 38 rodadas, um campeonato super competitivo, eu qualifico o meu time, e aí sou obrigado a ceder uma porrada de jogadores. São eles que me tiram do Campeonato Brasileiro, não sou eu que saio”, disparou.

Final da Copa do Brasil

Pressionado por torcedores e imprensa, neste domingo (2), o Flamengo enfrenta o Atlético pela partida de ida da final da Copa do Brasil, no Maracanã, às 16h.

Do outro lado, vivendo grande fase, o Galão da Massa está também na final da Conmebol Libertadores, onde enfrentará o Botafogo, no dia 30 de novembro, em Buenos Aires.

Com chances de conquistar dois troféus, o Galo encerra o ano com altas expectativas e busca coroar a temporada com mais feitos históricos.

A finalíssima da Copa do Brasil está marcada para o próximo domingo (10), às 16h, na Arena MRV, em Belo Horizonte.

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