AVANTE MEU TRICOLOR
·6 November 2024
AVANTE MEU TRICOLOR
·6 November 2024
Luiz Gustavo comemora: ganhou presentaço do goleiro rival (Jhony Pinho/Agif)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
O São Paulo soube aproveitar como pôde a pressão vivida pelo Bahia e, contando com falhas individuais rivais absurdas, venceu por 3 a 0 na noite desta terça-feira (5), em Salvador (BA), pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto era direto para as duas equipes na disputa por uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores. E o placar deixa a situação são-paulina mais do que confortável na tabela.
O jogo tinha todo um cenário positivo para o Tricolor por diversos aspectos. O primeiro, histórico, apontava que o ídolo Rogério Ceni, treineiro dos mandantes, nunca vencera o clube que lhe devota desde que iniciou a nova carreira no futebol. Agora já são 11 duelos do eterno camisa 1 como adversário, sem nenhum triunfo.
O outro, até certo ponto lamentável, envolvia o lado emocional dos baianos. Durante a madrugada, torcedores ameaçaram o elenco do clube local, chegando ao ponto de enforcar um boneco com a foto de Ceni no local onde seria o rosto.
Diante de tanta carga envolvida, era natural que o domínio emocional seria do São Paulo, que viu o pressionado Bahia apresentar uma óbvia intensidade e controle total das ações a maior parte do tempo.
Talvez já esperando isso, o técnico Luis Zubeldía fez alterações cruciais e surpreendentes. Colocou Sabino na zaga para jogar ao lado de Alan Franco, sacando o até então incontestável Arboleda. E cumpriu o prognóstico de retornar Ferreirinha como titular na ponta, substituindo Erick.
A coisa parecia não surtir o efeito necessário, já que o Bahia acumulou chances. E aí apareceu um dos destaques do dia, o goleiro Rafael, que aos 11 e aos 15 salvou chances claras dos mandantes.
Mas é aquilo, toda a pressão ofensiva dos mandantes não ignorava o fato de o cenário era de pressão por resultados. E então o nervosismo decidiu. A favor do São Paulo. Falhas individuais dos mandantes já possibilitaram boas chances, como um chute de Lucas aos 27.
Aos 40, uma falha absurda escancarou as coisas. O goleiro Marcos Felipe tentou sair jogando e entregou a bola de presente nos pés do Luiz Gustavo, que viu a meta vazia e chutou para abrir o placar.
Antes do segundo tempo, ainda houvera tempo para Rafael brilhar de novo e fazer milagre em testada de Luciano Juba e aí o que se viu foi puro desespero.
Ceni arriscou o tudo ou nada (talvez de forma precipitada), encheu seu time de peças ofensivas e, sem conseguir uma construção decente para abastecê-los, viu o pragmático, porém eficaz Tricolor definir de vez as coisas.
Aos 20, em mais um erro de saída de bola pelo Bahia em seu campo de defesa, Lucas recuperou e tocou para Luciano, que invadiu a área. A marcação divide a bola e ela cai livre no pé de Wellington Rato, no segundo pau, empurrar para marcar o segundo.
Foi o primeiro gol desde o dia 16 de agosto de 2023, quando entrou para a história marcando o gol que definiu a vitória por 2 a 0 sobre o rival Corinthians, no Morumbi, garantindo a classificação tricolor à final da vitoriosa campanha da Copa do Brasil.
O resultado meio que decidiu as coisas. O Bahia se tornou inofensivo com tantas peças ofensivas sem um padrão claro de como atacar. Lógico que pela postura cética do Tricolor, com o resultado nas mãos e controlando as ações, teve mais volume e apareceu à frente.
Mas o dia era mesmo são-paulino, que apesar de alguns errinhos bobos de marcação, conseguiu engatar boas jogadas de contra-ataque e, na última delas, já nos acréscimos, Rato disparou e serviu Lucas na entrada da área para chutar, marcar, selar o resultado final e provavelmente ocasionar a demissão do ex-companheiro de time Ceni do time baiano.
A vitória é de extrema importância ao São Paulo e seus planos. A equipe segue na sexta colocação, mas agora com 54 pontos, abrindo oito justamente para o Bahia e se isolando na zona de classificação à fase preliminar da competição continental.
A equipe tricolor agora volta a campo às 21h (de Brasília) de sábado (9) contra o Athletico-PR, quando volta a jogar no Morumbi depois de 45 dias ausente por shows e afins, também pelo Brasileirão.
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