Leonino
·8 May 2025
Barbosa da Cruz defende aposta do Sporting: "Só pecou por defeito"

Leonino
·8 May 2025
Carlos Barbosa da Cruz demarcou-se dos insultos de Sofia Oliveira a Rui Borges. O treinador do Sporting ouviu das boas depois de ter vencido o Gil Vicente (2-1), mas o conhecido adepto leonino saiu em defesa do técnico, apontando o dedo a César Peixoto e à atitude anticompetitiva dos Minhotos.
"Foi mais do que óbvio, para quem assistiu ao recente Sporting/Gil Vicente, que César Peixoto fez tudo para agradar ao seu amigo Bruno Lage. Não está em causa o empenho que todas as equipas devem colocar nos seus confrontos, mas a intensidade, o teatro, as faltas, as interrupções empregues pelo Gil Vicente, foi diferente para (muito) mais, da usada noutros jogos do clube", disse, ao jornal Record.
"Gil Vicente queria expulsar Gyokeres da Luz"
Barbosa da Cruz é perentório e admite que "o Gil queria sair de Alvalade com pontos e queria desestabilizar Gyokeres, no intuito de este ser desejavelmente expulso", algo que, para o presidente do Grupo Stromp foi "uma espécie de dois em um, servido de bandeja na Luz, com os obsequiosos cumprimentos do César".
"Quem, em primeiro lugar, deveria estar preocupado, é a Direção do Gil Vicente; aparentemente tem um treinador a duas velocidades, com desempenhos standard e desempenhos premium, conforme a situação. Depois, há a questão do desportivismo. Uma equipa deve jogar para ela e não também para os outros, é uma regra elementar de transparência, embora o treinador do Gil Vicente, olhando para os clubes por onde passou como jogador, não terá tido bons exemplos de inspiração, em matéria de fair-play. Enfim, é a Liga que temos, e este tipo de espertices, não são, infelizmente, caso virgem", atirou.
"Fiquei espantado com o coro de virgens ofendidas que caiu em cima de Rui Borges"
Barbosa da Cruz refere, no entanto, que ficou espantado com "o coro de virgens ofendidas que caiu em cima do treinador Rui Borges, por ele ter dito que se o Gil jogasse sempre assim, teria seguramente mais pontos", garantindo que "Rui Borges apontou o dedo a uma realidade antiga e sombria do nosso futebol que são os fretes" e lembrando "equipas que iam a Alvalade jogar metidas dentro da baliza e, noutros campos, completamente abertas".
"Há amiguismos e subserviências que minam a credibilidade do futebol. Durante muito tempo, percebi o racional da contratação de determinados treinadores, que enterravam as suas equipas, mas que, quando eram despedidos tinham sempre emprego à sua espera. Pensei que esses tempos já tinham acabado, mas aparentemente, ainda subsistem", afirma.
Para terminar, Barbosa da Cruz admite que "Rui Borges, por dizer que o rei vai nu, foi apodado, no mínimo, de taberneiro", mas que "Bruno Lage, que na garagem da Luz usou a linguagem mais soez que se possa imaginar, passou incólume". "Em meu entender, Rui Borges só pecou por defeito: se o Gil jogasse em todo o campeonato, como jogou em Alvalade, não só seguramente tinha mais pontos, como estaria a disputar um lugar na Europa. O golo do Quaresma, foi, por isso, muito mais do que uma bola dentro da baliza. Foi um grito de revolta contra o jogo sujo".