Miguel Sousa Tavares opina sobre adiamento do Nacional – Benfica: "Mandaria a justiça que…" | OneFootball

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·9 October 2024

Miguel Sousa Tavares opina sobre adiamento do Nacional – Benfica: "Mandaria a justiça que…"

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Miguel Sousa Tavares considera inaceitáveis os constantes adiamentos dos jogos realizados na Choupana. Num artigo de opinião no jornal ‘Record’, o conhecido adepto do Porto comentou a não realização do Nacional – Benfica, considerando que os encarnados foram os grandes prejudicados. De resto, a remarcação da partida continua a dar que falar.

“Muito gostaria de saber como é que o Nacional foi construir o seu estádio da Choupana a 600 metros de altitude no clima da Madeira sem que nenhum projetista, engenheiro, arquiteto, dirigente do clube ou entidade licenciadora tivesse previsto a inevitabilidade de o local ficar coberto de nevoeiro várias vezes por ano. Mas fê-lo e, tendo-o feito, é apenas o Nacional que deve pagar as consequências disso e não os outros clubes que têm de lá jogar”, começa por referir Miguel Sousa Tavares.


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No mínimo, mandaria a justiça que fosse o Nacional a ter de responder pelas despesas extraordinárias que esses outros clubes fazem, com estadia acrescida ou nova deslocação, quando os jogos ali não são completados ou são adiados. E quando, como na época passada, os madeirenses andam pela segunda divisão, essas despesas acrescidas devem pesar e bem no orçamento dos pequenos clubes do continente chamados a pagar pelo nevoeiro na Choupana”, afirma Miguel Sousa Tavares.

“Mas haveria outra medida ainda mais eficaz: digamos que quatro a seis horas antes da hora prevista para o jogo, o clube apresentaria à Liga e ao adversário uma previsão do IPMA sobre a possibilidade de nevoeiro à hora do jogo. E, sendo essa possibilidade elevada, teria de deslocar a partida para um estádio alternativo, que era obrigado a ter de reserva, sob pena de derrota por falta de comparência. Agora, assim, como as coisas continuam, mesmo ao fim de 17 adiamentos por força do nevoeiro neste século, sem que a Liga tenha dado um passo para encarar este problema surreal, é insustentável”, argumenta Miguel Sousa Tavares.

Desta vez e por enquanto, a vítima foi o Benfica, como na época passada foi o Porto, obrigado a deslocar-se outra vez para cumprir o que restava do jogo contra o Santa Clara para os quartos-de-final da Taça – num estádio dos Açores onde não é o nevoeiro, mas a chuva, ali abundante, que num instante transforma o relvado numa piscina. No final dessa época, tive até ocasião de lamentar aqui que, a par da despromoção do Portimonense, dono de um dos melhores relvados do campeonato, a primeira divisão recebesse de volta o Nacional e o Santa Clara – não pelo mérito dos clubes, obviamente, mas pelas condições e condicionantes dos campos em que jogam e recebem”, considera Miguel Sousa Tavares.

“Mesmo para os interesses do futebol português, é inadmissível que o Benfica, muito bem lançado na Champions, tenha sido obrigado a inventar uma data num já saturado calendário, para voltar a testar o nevoeiro da Choupana. E se a cena se repete a 19 de Dezembro?”, finaliza Miguel Sousa Tavares.

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