Os únicos dois que se salvaram, o jogador que pisou na bola e a reflexão que Roger precisa fazer

JB Filho Repórter

·30 April 2025

Os únicos dois que se salvaram, o jogador que pisou na bola e a reflexão que Roger precisa fazer

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Esse é o tipo de jogo que não precisava existir, né? Ainda mais pelo histórico do Inter. A história mostra que é mais fácil o Inter bater o Flamengo do que o Maracanã da vida.
E, além do resultado, que foi de vitória, a situação toda é constrangedora. O mínimo que se esperava era uma vitória tranquila e o ideal com goleada. Nada disso aconteceu.
Quem olhar a estatística, pode pensar que foram dois gols anulados e um pênalti perdido, além do gol marcado. Só que, sejamos honestos, o que mais aconteceu foram cruzamentos sem sentido para a grande área.
E, sim, eu sei que o Maracanã colocou cinco defensores lá atrás e, na reta final, chegavam a ter nove jogadores dentro da grande área, se defendendo sem parar. Tudo isso pode ser verdade. O que também é verdade é que eles são um time de Série D, com gigantescas dificuldades, e não há nenhuma justificativa para não encontrarem soluções em campo.
Essa é aquela partida que o Guardiola uma vez chegou para os jogadores do City no intervalo e empurrou todas as pecinhas do campinho de botão que tinha no vestiário e disse que não tinha tática, a única coisa a fazer era amassar o adversário e empurrar a bola pro gol. Era isso que tinha que acontecer. Não foi bem o que aconteceu. Foi um time com muitos erros e com cruzamentos sem sentido.
As duas melhores coisas da noite foram Gustavo Prado, com um gol e uma bola no travessão, e um menino de 16 anos, chamado Haykkonen, que marcou um gol anulado e finalizou uma na pequena área. Sim, os dois meninos foram os melhores. As únicas coisas boas do Beira-Rio.
O Valencia foi, disparado, o pior em campo. E não estou falando em gols perdidos. Falo em disposição em campo. Na saída, ainda andou lentamente para sair e foi vaiado pela torcida. Parece provocação. Difícil entender e aceitar.
Além disso, teve gol de letra do Wesley e pênalti recuado do Alan Patrick para o goleiro deles. Nenhum destes fatos seria escandaloso se fosse olhado de forma isolada. Somados, fica difícil não imaginar que não encararam a partida com a seriedade que ela merece. Eu juro que sei que o Wesley marcou o gol e que ele sofre o penal, por exemplo. Agora, o contexto do jogo aponta um cenário preocupante da atitude em campo.
Eu não estou entre os que acham que Roger perde o gás ou até quem revive que a gestão oscila demais em um começo empolgante e degringola depois (foi assim com Coudet, Mano e tal). Agora, não tem muito como segurar jogando no nível desta noite.
Roger precisará refletir sobre essa noite. Se olharmos mais a fundo, as atuações já não estão maravilhosas, algo que se entende pela sequência, desgaste e tal. No entanto, o que vimos dessa vez foi além de futebol, foi comportamento dentro de campo. E isso preocupa.
O resultado é que o Maracanã está voltando vivo pro jogo de volta. Quem pensava em poupar na partida de volta, se decepcionou. O Inter teve uma chance de ouro de enfrentar um time da quarta divisão e vencer com tranquilidade para dar gás no elenco nessa sequência maluca e jogou fora. Vão pagar um preço físico pelo que fez nesta noite.