Pochettino diz que seleção dos EUA pode ser a melhor do mundo em ‘5 ou 10 anos’ | OneFootball

Mauricio Pochettino convive com a dura missão de comandar os Estados Unidos, que será uma sedes da Copa do Mundo de 2026. Apesar da pressão de ser um dos anfitriões do Mundial, o comandante argentino admitiu que ainda vê os norte-americanos atrás das grandes potências do futebol. Contudo, ele fez uma previsão ousada: em cinco ou dez anos, a seleção pode se tornar a melhor do mundo.

Pochettino tem contrato com os EUA até o fim da Copa do Mundo de 2026 – Julio Aguilar/Getty Images/onefootball

“Precisamos parabenizar a federação e todos os doadores, que estão ajudando a desenvolver o esporte, porque ele é o número um no mundo. Porque em cinco ou dez anos, com certeza podemos ser o número um no mundo”, disse o técnico, em entrevista ao “Telegraph”.

Os Estados Unidos ocupam, atualmente, a 16ª posição no ranking da Fifa. Em 1930, alcançou a sua melhor colocação na história: o terceiro lugar. Nas últimas Copas do Mundo, o melhor resultado foi em 2002, chegando às quartas de final.

Recentemente, Pochettino ganhou ainda mais pressão no cargo. Afinal, o novo presidente, Donald Trump, perguntou ao presidente da Fifa se a seleção norte-americana tinha possibilidades de se tornar campeã mundial. Gianni Infantino, prontamente, disse que sim. Dessa maneira, o técnico brincou sobre a declaração.

“Ele deveria ter dito: ‘Você precisa perguntar ao seu grande treinador, Pochettino’. Com certeza, eu daria uma opinião melhor”.

Pochettino fica impressionado com estrutura de outras ligas, como NFL

Ao fim da última temporada, o treinador deixou o Chelsea e viu na seleção dos EUA uma grande oportunidade para sequência da carreira. Assim, assinou contrato com a Federação de Futebol dos Estados Unidos até o fim da Copa do Mundo de 2026.

Pochettino ficou impressionado com a estrutura das ligas, como a NFL (futebol americano) e MLB (beisebol). O comandante, de 53 anos, acredita que o novo centro de treinamentos da seleção, em Atlanta, será fundamental para acelerar o crescimento do futebol no país.

“Hoje, a seleção treina em lugares diferentes: uma vez é em Los Angeles, depois em Nova York, Chicago, Miami, Orlando ou St. Louis. Mas onde fica o centro do futebol? Se olharmos para os centros de treinamento da NFL e do beisebol, pensamos: ‘Uau’. No futebol, ainda estamos perguntando onde o time vai treinar. Ter Lionel Messi na MLS já ajuda muito, mas o novo CT será um impacto tão grande quanto ter um Messi”, afirmou.

À frente da seleção, Pochettino soma bons números. São cinco vitórias em seis partidas, perdendo apenas para o México, em Guadalajara. Assim, na próxima quinta-feira (21), encara o Panamá pela Liga das Nações da Concacaf. Se avançar, terá pela frente Canadá ou o próprio México na final, no domingo, no estádio SoFi, em Los Angeles, na Califórnia.

Dessa maneira, Pochettino deseja criar um ambiente forte dentro do time.

“Não se trata só das características dos jogadores, mas da disciplina e da atmosfera que queremos criar. Precisamos de 23 ou 26 jogadores que fiquem felizes em estar aqui e queiram ajudar a seleção. Criar essa boa energia é essencial. Caso contrário, será difícil”, finalizou.