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·31 December 2024

Retrospectiva: Sub-17 e Sub-20 do Corinthians lidaram com inchaço no elenco e trocas de comando

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  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Em quatro dias, o Corinthians irá estrear na Copa São Paulo para defender o título conquistado em 2024. O troféu, levantado em 25 de janeiro após vitória sobre o Cruzeiro, elevou as expectativas em relação à base corinthiana como um todo. Porém, o restante da temporada foi marcado por instabilidade e resultados aquém do desejado no Sub-20, e por eliminações doídas na categoria Sub-17, após um excelente início de ano.

Ao todo, as duas categorias entraram em campo por três competições cada uma, totalizando 94 jogos, sendo 42 para o Sub-17 e outros 45 para o Sub-20. Os mais jovens venceram 24 jogos, empataram 11 e perderam apenas sete vezes, marcando 95 gols e sofrendo 43. Já a última categoria de base antes dos profissionais também venceram 24 partidas, mas empataram 13 jogos e perderam outros 15, marcando 89 gols e sofrendo outros 73 no total. Confira a seguir um resumo dessas campanhas:


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Foto: Reprodução/X/Copinha

Corinthians Sub-17: erros em momentos-chave

O Timãozinho Sub-17 surpreendeu com um excelente início de temporada após a efetivação da nova comissão técnica, liderada por Raphael Laruccia. Tendo a Copa do Brasil como primeiro compromisso, o time mostrou bom prognóstico mesmo com a eliminação nas quartas de final diante do São Paulo, nos pênaltis, terminando o torneio sem perder nenhum dos cinco jogos que disputou.

Em seguida, a equipe passou à disputa do Campeonato Paulista e, posteriormente, do Campeonato Brasileiro. No torneio estadual, o Corinthians fez ótima primeira fase, com direito a goleadas como um 9 x 1 diante do São Caetano e um 8 x 0 contra a Portuguesa. A primeira derrota do ano ocorreu apenas na segunda fase, contra o Comercial Tietê em julho. Ainda assim, o time se classificou em primeiro do grupo, rumo à terceira fase.

Enquanto isso, o Alvinegro fazia campanha segura na fase de grupos do Brasileirão, mantendo-se sempre na zona de classificação para o mata-mata. Na terceira fase do Paulista, por sua vez, o time conseguiu a vaga nas quartas de final após terminar em primeiro na sua chave, embora com menos vantagem em relação aos adversários do que havia conseguido nas fases anteriores.

Nas eliminatórias de ambas as competições, porém, o Corinthians acabaria parando em rivais. No Paulista, o time ainda se classificou às semifinais após eliminar o Palmeiras nos pênaltis, no entanto a equipe não teve a mesma sorte na fase seguinte, sendo eliminada também nos pênaltis para o São Paulo. Já no Brasileiro, também contra o Palmeiras, o Timão acabou fora do torneio após empatar o jogo de ida em casa e perder a volta, fora.

Corinthians Sub-20: Copinha e nada mais

Devido ao pouco tempo para efetuar mudanças na base antes da estreia na Copinha, a gestão Augusto Melo optou por manter no comando do Sub-20 a comissão técnica que havia terminado o ano no comando da equipe, com Danilo de treinador. A escolha se mostrou acertada, após a campanha invicta que culminou a conquista do 11º título da competição pelo Corinthians.

Após pouco mais de dois meses de pausa, o time voltou às atividades, alternando seu calendário entre o Campeonato Paulista e o Campeonato Brasileiro. E com muitas mudanças de elenco, incluindo subidas ao profissional e dispensas, além de muitas contratações, o nível técnico da equipe que havia sido campeã em janeiro não se manteve.

Isso se refletiu nos resultados do Timãozinho, especialmente na primeira fase do Campeonato Brasileiro, onde a equipe venceu pela primeira vez apenas na terceira rodada e jamais saiu da metade inferior da tabela, chegando a ocupar o último lugar na classificação. Sofrendo goleadas como um 6 x 0 para o Cruzeiro, 5 x 2 para o Santos e 5 x 0 para o Athletico-PR, o time acabou em 18º lugar ao final da primeira fase.

Já no torneio estadual, as coisas andaram um pouco melhores para a equipe, que conseguiu se classificar em primeiro lugar nas duas primeiras fases de grupo da competição. Na terceira, porém, o time teve dificuldades, chegando a ficar fora da zona de classificação após derrota para o lanterna José Bonifácio por 3 x 2. Na última rodada, porém, goleou a Ferroviária por 3 x 0 e foi às quartas de final do torneio.

No entanto, no mata-mata, a equipe encarou o Palmeiras logo de cara e, assim como ocorreu com o Sub-17 no Campeonato Brasileiro, o time acabou eliminado pelo seu maior rival, após empatar o jogo de ida em casa e ser derrotado na volta, fora de casa, com um gol sofrido no último minuto de jogo.

Dança das cadeiras e 56 contratações

Ambas as equipes tiveram o desenvolvimento de seus trabalhos prejudicada por diversas trocas de comando ao longo da temporada. No caso do Sub-17, a categoria já havia passado pelas mãos de dois treinadores antes mesmo da chegada de Raphael Laruccia: primeiro com Edson Leivinha, de forma interina, e depois com Paulo Roberto Lilló, que comandou o time apenas na Copa FAM, um torneio amistoso.

Ainda durante o ano, Laruccia foi deslocado de sua função para comandar interinamente o time profissional após a demissão de António Oliveira, e em seguida enviado para o comando do Sub-17, após a demissão de Danilo. No Sub-17, foi substituído por Renato Rodrigues, com Ricardo Severo de auxiliar, ocasionando em uma piora no aproveitamento da categoria.

Laruccia voltaria ao seu cargo apenas no final de setembro, às vésperas das quartas de final do Campeonato Paulista. No entanto, seu retorno acabou não sendo suficiente para levar o Alvinegro mais longe na competição estadual.

No Sub-20, por sua vez, o técnico Danilo, ex-jogador do Corinthians e ídolo durante sua passagem, ganhou fôlego com o título da Copinha e foi mantido em seu cargo. No entanto, após a reformulação no elenco, o treinador não conseguiu fazer a equipe manter seu desempenho, e acabou demitido após a derrota sofrida diante do Cruzeiro por 6 x 0 no Brasileirão.

Para seu lugar, a diretoria decidiu promover Raphael Laruccia, deslocando toda a comissão do Sub-17 para a categoria mais velha. No entanto, o treinador sendo reenviado para a categoria três meses depois, após o fim da terceira fase do Paulista e antes no início do mata-mata da competição. Apenas dois dias antes do primeiro Derby, o clube anunciou Orlando Ribeiro como novo técnico da categoria.

Outro ponto polêmico da gestão da base em 2024 foi a política de contratações. Afinal, o Corinthians registrou nada menos que 56 jogadores desde janeiro para as categorias Sub-17 e Sub-20, sendo 28 para cada. O inchaço de ambos os grupos motivou, também, a criação de duas categorias intermediárias, a Sub-16 e a Sub-18, que não tinham calendário oficial a disputar e passaram o ano jogando amistosos.

O alto número de contratações é defendido por membros da gestão, e justificado pelo diretor da base Claudinei Alves: “O número é uma coisa. Qual o valor? Não tem nada disso. Não tem valor. Nós não contratamos, nós não pagamos por nenhum jogador que veio pra base. Como eu disse numa entrevista passada agora, quando em janeiro, quando nós assumimos, eu conversei com o presidente. Eu falei, presidente, agora nós vamos ter que remontar um time Sub-20. Ele falou, ‘não tem dinheiro’. Eu falei, eu sei. Então vamos usar a criatividade. Nós trouxemos garotos. Claro que quando você não tem dinheiro, você não traz as peças que você gostaria.”

Ainda assim, apenas oito dos convocados pelo técnico Orlando Ribeiro para a disputa da próxima Copa São Paulo, o primeiro torneio da base corinthiana em 2025, são jogadores desse grupo de 56 atletas, o que representa apenas 14,2% de todos os contratados. A estreia da equipe ocorre neste sábado, 4, diante do Gazin Porto Velho-RO, às 21h30 (de Brasília) no estádio Bruno José Daniel, em Santo André

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