
Central do Timão
·20 May 2025
Técnico do Corinthians detalha lesão de Matheuzinho e fala sobre contratações

Central do Timão
·20 May 2025
Com gol do atacante Yuri Alberto, o Corinthians venceu o Santos FC pelo placar de 1 x 0, na Neo Química Arena, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, na tarde do último domingo, 18 de maio. O resultado positivo colocou o Alvinegro na oitava colocação com 13 pontos (quatro vitórias, um empate e quatro derrotas) – 12 gols marcados e 14 sofridos.
Após a partida, o técnico Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva e dentre vários assuntos abordados foi questionado sobre a ausência do lateral-direito Matheuzinho, que não esteve em campo devido a um edema na coxa direita. Ele também falou sobre a busca pro reforços da equipe para a janela do meio do ano respeitará o momento do clube e citou o alinhamento com o executivo de futebol Fabinho Soldado.
Foto: Léo Rodrigues/Central do Timão
“Eu falei que o Léo (Maná) tinha jogado e dois dias e meio eu não ia colocar em campo de maneira nenhuma, tendo um jogador perigosíssimo pelo lado, como é Soteiro, um jogador de um para um, impressionante. Então eu busquei uma opção. Se não fosse Félix, seria um outro atleta, mas não teria sido o Léo nesse momento. Tivemos um problema sério com o Matheus (Matheuzinho), eu vou tentar saber o que realmente aconteceu porque ele não pôde, viajou para o jogo do meio de semana e de lá para cá não treinou até então, e de repente ele nos pegou de surpresa vê-lo cortado do treinamento de sexta e sábado e naturalmente sem condições de vir para o jogo do domingo.”
“Com relação a contratações, eu converso isso diariamente com o Fabinho (Soldado), trocamos ideias a todo momento. O Corinthians está atento ao mercado, tudo dentro das possibilidades do clube, mas é natural que esses movimentos irão acontecer na hora certa, respeitando todos os profissionais que aqui estão e, naturalmente, tentando melhorarmos ainda mais a qualidade do nosso grupo”, iniciou.
Em seguida, foi questionado sobre a utilização do zagueiro Félix Torres como lateral-direito. Quando a equipe tinha a posse de bola, o camisa 3 fazia a função de terceiro zagueiro e sem o controle dela exercia a função de lateral: “Bom, depois de um bom tempo, o Léo Maná volta faz uma partida praticamente quase que 90 minutos. Dois dias e meio depois ele estaria novamente em campo, marcando um jogador muito agudo, um jogador (Soteldo) que infiltrava, que parte com o bola dominada. Eu achei isso aí um risco muito grande. O Félix (Torres) vem treinando muito bem, vem se dedicando demais, merecendo aí uma oportunidade. Eu espero que o Félix continue nessa crescente que ele vem tendo.”
“Fiquei muito feliz com a atuação dele, porque é um profissional que se dedica, que trabalha muito e isso daí pra mim não tem preço você poder ver um jogador desse nível, podendo voltar a jogar dentro de uma boa condição. Ele pode ainda evoluir, pode crescer muito, mas já foi bem diferente daquilo que eu vi na primeira apresentação dele aqui”, continuou.
Por fim, Dorival foi questionado a diferença de postura da equipe da primeira para a segunda etapa no clássico Alvinegro. O comandante atribuiu a evolução no confronto após movimentações dos meio-campistas André Carrillo e José Martínez: “Nós começamos a jogar entre linhas adversárias e, a partir daí, nós começamos a ter uma aproximação um pouquinho maior. Com a aproximação, você tem troca de passes e aí, sim, você busca infiltrações. Quando você tem os seus dois meios voltando, pegando bolas nos pés praticamente dos volantes ou os zagueiros, você não tem esse homem chegando como um fator surpresa, provocando a linha adversária, tendo que buscar infiltrações porque ele está muito recuado. E foi isso que aconteceu ao longo do primeiro tempo, uma troca de passes morosa da nossa parte.”
“E aí o (André) Carrillo entrou por dentro pra jogar e o Martínez saiu pelo lado abrimos o corredor pra passagem dos nossos laterais e isso tudo aí contribuiu pro nosso crescimento nós começamos a ter volume de jogo e não só a posse pela posse é a pior coisa que tem no futebol você tem uma posse falsa de bola e foi na minha opinião foi o que aconteceu na na primeira etapa. No segundo nós corrigimos muito em em função das características dos atletas mudamos algumas coisas. O (Breno) Bidon passou a vir um pouquinho mais por dentro, nós começamos a pesar a última linha adversária e a partir daí começamos a criar um pouco mais”, finalizou.
Confira abaixo outras respostas do técnico Dorival Júnior na coletiva:
Sobre os volantes Maycon e Raniele
“São jogadores importantes. Eu tenho muita confiança no Maycon pelo que eu já vi dele, pelo que ele já fez, inclusive nas vezes que atuamos contra. Eu sei que ele está ainda voltando e está readquirindo uma melhor condição. Eu acredito que ele vai atingir esse momento, mas é um jogador importante sim, assim como o Raniele que teve uma lesão muito séria no pé. Ficou praticamente sem treinamentos até hoje. Acho que só no sábado ele veio para campo e mesmo assim entrou em campo com dedicação, com entrega, como ele sempre fez.”
“O importante é que eles estão se respeitando, entendendo e procurando colaborar e contribuir de todas as formas. Cada um no seu momento. Raniele também é um jogador importante e que é um dos titulares da equipe, por tudo aquilo que já fez dentro da equipe do Corinthians. Que, com certeza, continuaram fazendo, independente de nesse momento, Maycon estar atuando, eu tenho muita confiança nos dois jogadores.”
Troca na faixa de capitão – do goleiro Hugo Souza para o volante Maycon
“Eu expliquei para o Hugo (Souza) apenas uma coisa, que o único jogador que pode trocar ideias com a arbitragem é o jogador de linha. Não adiantaria eu colocá-lo como capitão se acontecendo um lance duvidoso em qualquer parte do campo. Ele não pode sair do seu setor para ir buscar uma abordagem, uma troca de informações com a arbitragem. Então tem que ser um jogador de linha, com certeza.
O Maycon é um jogador que merece esse respeito. O primeiro capitão é o Romero, o segundo capitão é o Maycon e o terceiro capitão é o André (Ramalho). Nessa ordem aí.Um jogador não precisa ter uma braçadeira de capitão para ser uma referência dentro do elenco. O Hugo é muito importante mesmo não tendo essa braçadeira nesse momento. Mas é um dos capitões do time com certeza. E pelos posicionamentos que tem. É a típica liderança que ela é muito positiva num contexto. E o Hugo exerce essa liderança.”
Análise da partida e André Carrillo atuando como ponta direita
“Eu fiquei muito satisfeito com o controle da partida, com a maneira como a equipe trabalhou a bola, com a paciência que teve, mesmo num momento percebendo a equipe do Santos, nós conseguimos balançar a equipe de um lado para o outro. O que nos faltou foi o detalhe final, e esse detalhe é muito importante para a maneira como a gente olha. Por isso que nós precisamos melhorar o aproveitamento nesse sentido, criando mais dificuldades às equipes adversárias. Quando encontrarmos esse timing, com certeza nós seremos um ganho muito importante. Nós não temos jogadores de lado, exceção do Talles Magno, é o único atleta que nóstemos com essa característica, mas que também joga por dentro, joga como segundo atacante, e ele tem feito bons treinos nessa função. Então, a opção que sobra seria Carrillo, em alguns momentos.”
“Romero, que ele está muito hoje, muito mais adaptado a um segundo homem do que propriamente a um homem um pouco mais aberto. Eu acho que a gente perde muito dele o tirando fora da área. Então, por isso que em muitos momentos eu vou ter que usar o Carrillo, que é o único jogador que nós ganhamos a amplitude pelo lado direito. Com a liberdade de poder entrar, de poder ser mais um homem por dentro, com a passagem de um meio, de um lateral, enfim. Mas hoje, como nós tínhamos praticamente um lateral um pouco mais posicional, nós precisávamos tê-lo um pouco mais aberto, como aconteceu.”
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