Zerozero
·8 February 2025
Um ponto que traz uma vírgula
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Zerozero
·8 February 2025
Um ponto para cada lado: foi este o desfecho do derby minhoto entre Famalicão e Vitória SC (0-0). Um nulo num jogo quentinho - em duelos -, mas desprovido de oportunidades claras de golo.
O ponto ajusta-se ao jogo, que demonstra que os últimos jogos de ambas as equipas - destacados com a cor verde, de vitória, no nosso portal - foram apenas uma vírgula de positividade no meio de uma senda de resultados pouco pretendidos por parte das duas equipas.
Derby minhoto em Famalicão, com duas equipas a quererem colocar um ponto final absoluto na senda recente de resultados menos positivos, com excepção à última partida. O Vitória venceu o AVS depois de oito jornadas sem vencer, o Famalicão venceu o Boavista depois de uma seca de dez jogos sem ganhar.
No Municipal de Famalicão, foi o Vitória a dar o primeiro sinal de afirmação. Nélson Oliveira jogou exemplarmente de costas para a baliza e Samu teve um penálti em movimento (mais distante um pouco) e atirou para defesa de Carevic.
O equilíbrio imperou durante o jogo, que foi nivelado por baixo. Muitas perdas de bola e passes simples falhados de parte a parte, com André Narciso a ajudar à festa, com sucessivas faltas apitadas em lances que não mereciam essa terminação.
O Vitória falhou na construção, algo lenta e com os intervenientes muito estáticos. Houve poucos movimentos de rotura e procura de bola entrelinhas. O Famalicão também assumiu pouco o jogo nesse quesito, valendo-se quase em exclusividade de cruzamentos controlados por Bruno Varela.
Na parte final do primeiro tempo, os famalicenses conseguiram criar perigo. Na sequência de bolas paradas, a bola andou perto da baliza de Varela, mas sem sucesso. Tudo empatado ao intervalo.
A expectativa seria de um jogo melhor no segundo tempo, algo que pelos primeiros momentos do jogo não pareceu acontecer. Com o andar do relógio, o Vitória SC foi assumindo as despesas do jogo, encostando os da casa ao seu meio campo defensivo.
Apesar do domínio territorial, o Vitória pouco criou. Os cruzamentos estavam a sair bem direcionados, mas os defesas famalicenses estavam ainda melhor colocados para os defender.
Os treinadores mexeram nas equipas, mas a frescura acrescentada foi quase nula. Úmaro foi errático nas decisões, Chucho Ramírez quase desaparecido em combate e os outros praticamente nem se deu por eles.
Um empate pálido, desprovido de emoção e jogado muito mais com a cabeça - pouco pensadora - do que com o coração.