Zico critica comparações de títulos entre gerações de 1981 e 2019: 'Sou contra' | OneFootball

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·28 December 2024

Zico critica comparações de títulos entre gerações de 1981 e 2019: 'Sou contra'

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Depois de ver Bruno Henrique, Arrascaeta e Gabigol igualarem as 13 taças conquistadas por Zico e Júnior, em contagem feita pelo próprio Flamengo, o Galinho admitiu incômodo com as comparações. Em entrevista ao sportv, o ex-jogador admitiu que não entende a equiparação das taças e ressaltou a diferença para o futebol de sua época.

Segundo ele, as comparações não fazem sentido pois o grau de importância dos troféus é completamente diferente. Sem Supercopa do Brasil ou Recopa Sul-Americana para jogar na época, títulos que BH, Arrascaeta e Gabigol conquistaram, o elenco da década de 1980 priorizava outras coisas, como o Campeonato Carioca e até torneios amistosos — mas que incluíam grandes times.


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"Eu sou contra isso [igualar o número de títulos de Gabigol, Arrascaeta e Bruno Henrique aos de Zico e Júnior]. Porque considera os títulos de Supercopa, Recopa, que são de um jogo só. Isso não tinha na nossa época. O que tinha, por exemplo, era jogar o Ramón de Carranza. Jogar com o Barcelona (ESP) e aqueles times todos. Jogava o Teresa Herrera. Se você ganha, era um título tão importante quanto uma Recopa, uma Supercopa. Então, não entendo esse negócio", disse Zico.

Importância do Carioca

Zico também ressaltou a diferença de tratamento em relação ao Campeonato Carioca, que era considerado mais importante na época em que o Galinho ainda desfilava nos gramados. A Taça Guanabara era vista como um título real, segundo ele, algo completamente diferente do que acontece nos dias atuais — até pelas seguidas mudanças de regulamento.

“Na nossa época, o Campeonato Carioca era o mais importante. Taça Guanabara era individual, era um título. Era difícil ganhar, você jogava contra Vasco, Fluminense, Botafogo, todos esses. Não era como hoje, que às vezes não tem nenhum clássico. Não é saudosismo, mas tem que se valorizar o que acontecia na sua época”, destacou.

Elogios ao trio

Zico, porém, fez questão de frisar que as falas não representam nenhum tipo de crítica aos três jogadores, que marcaram época no Flamengo desde 2019. O maior ídolo da história rubro-negra disse que merecem um lugar no panteão dos grandes nomes da agremiação e garantiu que ninguém poderá diminuir os méritos em torno das conquistas dos últimos anos.

“[Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta] Merecem um lugar especial, claro. Eles estão lá, teve a competição e eles conquistaram. Então merecem ser contadas, lógico, isso é óbvio. Ninguém vai tirar o mérito das marcas que eles tiveram dentro do Flamengo. E tomara que conquistem mais”, finalizou Zico.

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