Fala Galo
·16 de marzo de 2025
A grandeza de um clube está na história que nunca se apaga

Fala Galo
·16 de marzo de 2025
Por: Thiago Florêncio
No futebol, a memória do torcedor é seletiva. Grandes conquistas como Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil são eternizadas, mas os campeonatos estaduais, por vezes, são tratados com desdém.
A verdade, porém, é que o caminho para a grandeza foi pavimentado desde os primeiros dias do Atlético, e cada título tem sua relevância na construção dessa história gloriosa. O Hexacampeonato Mineiro conquistado pelo Galo, hoje (15), dez dias antes do clube completar 117 anos, não é apenas mais um troféu na prateleira; ele resgata um feito que só havia sido alcançado uma vez, entre o final da década de 1970 e início dos anos 1980.
Foi naquele tempo que Reinaldo desafiava zagueiros com sua genialidade, irreverência e muitos gols, que Éder Aleixo desferia chutes que pareciam canhões, que Luizinho protegia a defesa alvinegra com elegância e maestria, que Toninho Cerezo comandava o meio-campo com sua classe inigualável, que Paulo Isidoro desequilibrava com sua velocidade e habilidade, e que João Leite, com defesas seguras, se tornava um verdadeiro guardião da meta atleticana, o nosso “goleiro de Deus”. Hoje, Hulk, Arana, Everson, Lyanco e companhia mantêm viva essa tradição vencedora, reforçando que a identidade do Atlético é construída tanto nos triunfos nacionais e internacionais quanto na hegemonia local.
O torcedor brasileiro, por vezes é epassional e exigente, subestimam os Estaduais. Mas foi nele, por exemplo, que o Galo moldou sua alma competitiva desde os tempos de artilheiros como Mário de Castro, Ubaldo, Guará e Dadá Maravilha, lendas que ajudaram a forjar a mística atleticana.
Foi no Mineiro que jogadores como Guilherme, Marques (meus primeiros ídolos de infância) cravaram seus nomes na história com gols inesquecíveis. Foi nele que Ronaldinho Gaúcho, Victor, Leonardo Silva, Tardelli e Jô iniciaram a caminhada da temporada que culminaria no título da América em 2013.
E agora, com Hulk liderando essa geração, o Atlético escreve mais um capítulo memorável de sua história. Seis títulos consecutivos não são apenas prova de supremacia, mas também um lembrete de que a grandeza de um clube vai além das conquistas internacionais e nacionais, ela se constrói na regularidade, na tradição e na paixão que atravessa gerações. O Galo é forjado na história, na raça e na superação. É o clube que transforma o impossível em realidade, que desafia a lógica com viradas épicas e vitórias inesquecíveis.
Dentro e fora de campo, a camisa alvinegra carrega o peso de batalhas vencidas com suor e paixão. Valorizar cada título, cada jogador que honrou esse manto, é respeitar a essência atleticana. Afinal, sem passado, não há presente. Sem Estadual, não há tradição. E sem tradição, não existe o Galo.
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