Zerozero
·5 de marzo de 2025
Boa e velha dose de cinismo italiano

Zerozero
·5 de marzo de 2025
O bom e velho cinismo italiano. O Internazionale sobreviveu a um arranque estonteante do Feyenoord, marcou quando pouco ou nada tinha feito para o conseguir e a partir daí entrou em modo cruzeiro. À boa moda transalpina, a equipa de Milão venceu, esta quarta-feira, no De Kuip (0-2) e encaminhou o apuramento para os quartos de final da Liga dos Campeões.
O conjunto treinado por Simone Inzaghi procurou ditar o ritmo e controlar o jogo com bola desde o primeiro instante, mas mostrou-se pouco preparado para a velocidade e risco dos jogadores adversários. Com menos bola, mais direto e sem grandes cerimónias para chegar à frente de ataque, o Feyenoord colocou em sentido a defesa transalpina.
Nesse aspeto, destacar o ganês Ibrahim Osman. Destemido e confiante no drible desconcertante que possui, o extremo fez gato-sapato de Denzel Dumfries e Benjamin Pavard na primeira meia hora. O domínio do Feyenoord nessa fase do duelo está diretamente ligado à ótima performance individual do ex-Nordsjaelland, que aproximou a equipa mais vezes da baliza contrária e arrancou uma série de pontapés de canto na fase inicial do duelo. Faltou eficácia ao Feyenoord nesse momento do jogo para poder tirar maior proveito.
Pese o domínio claro no desafio, o Feyenoord não incomodou muito o guarda-redes Josep Martínez. Incomodou mais, ainda assim, do que o Internazionale, que na primeira ocasião em que se colocou em posição de dar trabalho a Timon Wellenreuther... marcou.
Kristjan Asllani, num dos vários movimentos que fez para se colocar no meio dos centrais e assumir a primeira fase de construção nerazzurra, recebeu e lançou Dumfries na direita com um passe longo muito bem medido. O neerlandês recebeu, deu para Nicolò Barella e o internacional italiano fez um cruzamento recheado de açúcar para Marcus Thuram abrir o ativo.
O golo dos forasteiros abriu a porta para uma melhor ponta final da primeira parte, em contraste com um Feyenoord a acusar o tento sofrido e sem capacidade para recuperar o controlo do desafio. A etapa complementar nada mudou em relação a isso, bem pelo contrário.
É que mal as equipas regressaram dos balneários, os italianos desferiram o segundo golpe. Lautaro Martínez começou a jogada com uma abertura à esquerda a convidar à subida de Alessandro Bastoni e foi finalizar, pouco depois, após um primeiro remate de Piotr Zielinski devolvido pela defesa adversária.
Eficácia máxima do Internazionale. Dois lances de golo, dois golos. O Feyenoord da primeira parte nunca se apresentou para a segunda e Robin van Persie, que cumpriu o segundo jogo como treinador do emblema de Roterdão e pelo segundo jogo viu a equipa ficar em branco, não teve argumentos para modificar o rumo do encontro. Só não ficou definitivamente fora da luta porque Wellenreuther fez uma defesa gigantesca para travar uma grande penalidade de Zielinski.
Mais maduro a este nível e dono da sapiência italiana, o Internazionale colocou o jogo no congelador e por lá ficou até ao final. Dois golos não matam as aspirações do Feyenoord, que já se mostrou capaz de vencer nos maiores palcos europeus na presente temporada, mas fazem mossa. Perto, muito perto está o conjunto italiano de seguir em frente.
En vivo