oGol.com.br
·19 de febrero de 2025
City tenta salvar temporada contra um Real com sinal de alerta ligado
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·19 de febrero de 2025
Real Madrid e Manchester City disputam a vaga nas oitavas de finais da Liga dos Campeões nesta quarta-feira (18). Mas é muito mais que isso: as equipes jogam pelo sucesso ou pelo fracasso na temporada 24/25. É como se fosse a definição do caos para aquele que dirá adeus ao torneio europeu, no que é o "clássico moderno" da competição.
Depois de grande virada no Etihad Stadium, com direito a gol de inglês para trazer o placar de 3 a 2 já nos acréscimos, os Merengues têm a vantagem da vitória por um gol de diferença e jogarão a grande decisão na Espanha, com o apoio de sua torcida. Além disso, o retrospecto dos últimos confrontos joga a favor dos comandados de Carlo Ancelotti.
Com a chegada de Kylian Mbappé como o novo astro, o Real não conseguiu ser absoluto na primeira metade da temporada. Os madrilenhos foram recentemente ultrapassados e ocupam a vice-colocação de La Liga, sofreram três duras derrotas em oito jogos e não se classificaram entre os oito melhores na Champions League e perderam a final da Supercopa Espanhola para o Barcelona, em uma goleada significante por 5 a 2.
Pelo lado do City, a situação também não é favorável. Pep Guardiola viveu a sua pior fase como treinador nessa temporada e viu o City retornar à zona de classificação aos playoffs da Liga dos Campeões apenas na última rodada, viver um novembro infernal na Premier League e deixar a zona de classificação à Champions, cair para o Tottenham na Copa da Liga Inglesa e quase ficar de fora para o Leyton Orient na FA Cup.
É verdade que os dois últimos campeões da competição vivem momentos de pressão antes da partida decisiva pela maior competição interclubes da Europa. Guardiola, porém, prefere jogar a responsabilidade para o lado de Madri, muito por conta da vitória do Real na partida de ida.
"A margem para vencer no Bernabéu nesta posição (depois da derrota por 3 a 2), todos sabem que, se você perguntar antes da partida qual é a porcentagem de chance de avançar, eu diria que a gente chega com 1%. Será uma chance mínima. Mas, enquanto ainda temos chance, nós vamos tentar, isso é certo", pontuou o comandante dos Citizens.
Carlo Ancelotti por outro lado, fez questão de rebater a declaração para apaziguar os ânimos e, também, para deixar os ingleses levemente mais pressionados para a decisão. Apesar disso, ele também ressaltou a importância do resultado conquistado no Etihad Stadium, na semana anterior.
"O Guardiola não acha que tem um por cento de chance de avançar e nem achamos que somos 99% favoritos. Temos uma pequena vantagem em função do que fizemos em Manchester. Ter a vantagem é uma questão psicológica e é difícil lidar com isso", disse o espanhol.
A realidade é que o City vem em maior pressão para o confronto. Com situação mais complicada na competição nacional que os Merengues, os comandados de Guardiola enxergam na Liga dos Campeões a única oportunidade de salvar a temporada 24/25. Os espanhóis, por outro lado, ainda brigam ponto a ponto pela liderança do Espanhol, com Barcelona e Atlético, e podem ficar com o título no fim das contas.
Real Madrid e Manchester City fazem o "clássico moderno" da Champions League. As equipes disputaram no mata-mata da maior competição interclubes do futebol europeu cinco vezes nas últimas seis temporadas: 19/20, 21/22, 22/23, 23/24 e, agora, em 24/25. O retrospecto dos resultados, porém, é muito equilibrado
Na primeira ocasião das quatro, em 19/20, as equipes se enfrentaram nas oitavas de finais. Os ingleses venceram ambos os confrontos por 2 a 1 e avançaram às quartas, naquela que foi a temporada do "Final Eight" em Lisboa. Posteriormente, o City caiu para o Lyon, em derrota por 3 a 1.
Depois de uma temporada de "folga", City e Real voltaram a duelar nas semifinais de 21/22. Naquela situação, após um frenético 4 a 3 na Terra da Rainha no primeiro jogo, os Citizens saíram na frente em Madrid na partida de volta e garantiam a classificação. Mas um certo Rayo caiu duas vezes no mesmo lugar: com dois gols de Rodrygo nos acréscimos, e um de Benzema na prorrogação, o Real eliminou os ingleses.
Em 22/23, os clubes se enfrentaram na semifinal novamente, mas o City tinha sede de vingança. Após um empate com um gol para cada lado na Espanha, o City atropelou dentro de casa e venceu por um sonoro 4 a 0 para avançar à final da Champions, onde derrotou a Inter e ergueu sua primeira Orelhuda.
A última vez que City e Real decidiram a vaga pela Liga dos Campeões foi na temporada passada, em 23/24. Dentro de casa no primeiro confronto, os espanhóis garantiram o empate por 3 a 3 no final, enquanto em Manchester, outro placar igualado se repetiu, dessa vez por 1 a 1. Acontece que os madrilenhos se saíram melhor nas penalidades e avançaram, para, mais tarde, conquistarem a 15ª taça da Champions.
Depois de duas eliminações para cada lado nas últimas quatro ocasiões, agora é hora do equilíbrio desaparecer. Um dos últimos dois campeões da Liga dos Campeões parará nos playoffs. Pena ou alegria? Com certeza emoção.