oGol.com.br
·24 de febrero de 2025
Cruzeiro amarga freguesia recente para o América e terá um mês para achar novos rumos
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·24 de febrero de 2025
O Cruzeiro manteve a freguesia contra o América na década e foi eliminado, nos pênaltis, do Campeonato Mineiro. Agora, Leonardo Jardim terá mais de um mês sem jogos oficiais para buscar reestruturar a equipe, em uma espécie de pré-temporada dentro da temporada.
A Raposa só entra na terceira fase da Copa do Brasil e, sem o Mineiro, só voltará a campo no Campeonato Brasileiro, que começa no dia 29 de março. Serão mais de dois meses para Leonardo Jardim dar nova cara ao time que ainda não engrenou desde a mudança no comando da SAF.
A eliminação no fim de semana aumentou a freguesia cruzeirense contra o América. Desde 2020, o Cruzeiro só venceu dois clássicos contra o rival, perdeu nove e empatou cinco.
A última vitória da Raposa sobre o Coelho foi em 2023, goleada por 4 a 0 pelo Brasileirão. No Campeonato Mineiro, o último triunfo foi apenas em 2019, vitória por 3 a 0 na semifinal daquele ano.
No retrospecto geral do clássico, entretanto, o Cruzeiro continua com mais vitórias (119 contra 72) e o América só viveu momento semelhante na década de 1920, quando ficou de 1921 a 1927 sem perder para o rival. Foram seis vitórias no período, e um empate. O Cruzeiro ainda se chamava Palestra Itália.
Com a eliminação para o rival, o Cruzeiro terá um mês com Leonardo Jardim para tentar encontrar uma nova cara. Desde que Pedrinho assumiu a SAF no lugar de Ronaldo, apesar do alto investimento, o time acumulou fracassos.
Em 2024, o novo dono já investiu pesado em nomes como Cássio, Matheus Henrique, Walace, Kaio Jorge, e na compra definitiva de Matheus Pereira. Em campo, entretanto, sob o comando de Fernando Diniz, a Raposa terminou apenas em nono lugar no Brasileirão, perdeu a final da Sul-Americana para o Racing e venceu apenas 3 dos últimos 16 jogos no ano.
Apesar da relação balançada, Pedrinho manteve Fernando Diniz em 2024, mas o desempenho do time não melhorou. O técnico foi demitido ainda em janeiro, após derrota para Athletic e empate contra o Betim.
Leonardo Jardim estreou com time misto contra o Democrata, última rodada da primeira fase do Mineiro. Derrota por 2 a 1. Em seguida, eliminação para o América na semifinal após dois empates por 1 a 1.
Agora, o português terá o tempo de uma pré-temporada para colocar sua cara no time. O que não deu tempo de ver, até o momento, apesar de alguns sinais durante as partidas semifinais.
No jogo de ida, Jardim escalou a equipe no 4-2-3-1, e na reta final do encontro, em busca do resultado, adotou o 4-4-2 com Gabriel Barbosa e Bolasie na frente. O 4-4-2 foi adotado de início no jogo da volta, com Kaio Jorge ao lado de Gabi.
Na saída de bola, 2+2 com os zagueiros e muito dinamismo entre Romero e Matheus Henrique no duplo-pivô, mas sem a necessidade de uma saída sustentada a todo momento. Busca mais vertical quando a pressão é mais forte, e uso muito forte dos laterais, com Dudu e Eduardo buscando mais o jogo interior.
Com um mês para trabalhar, Leonardo Jardim terá tempo para fazer essas diâmicas funcionarem e mais: recuperar talvez o principal craque do time, Matheus Pereira, depois de uma saída frustrada para a Europa. De fora do jogo de volta da semifinal, o meia, também, terá tempo para colocar a cabeça no lugar e se encaixar no plano de jogo do novo técnico. A Raposa tenta catar os cacos e buscar uma correção de rota. O tempo, dessa vez, está do lado.
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