Deus me Dibre
·16 de enero de 2025
Deus me Dibre
·16 de enero de 2025
O Cruzeiro deu início à temporada de 2025 com um empate por 1 a 1 contra o São Paulo, em amistoso válido pela FC Series, nos Estados Unidos. A partida, realizada nesta quarta-feira (15), serviu como teste para o técnico Fernando Diniz, que utilizou dois times diferentes, um em cada tempo, para observar todo o elenco.
O gol celeste foi marcado logo no início do jogo, fruto de uma pressão alta eficiente na marcação, característica marcante do estilo de jogo implementado por Diniz. Apesar do empate, o técnico avaliou de forma positiva a atuação da equipe, destacando o trabalho de pré-temporada e a evolução coletiva.
“O time, de fato, começou marcando alto muito bem, não só por ter feito gol no início. Pela falta de entrosamento, você vê um pouco de espaço, mas eu vejo bem mais coisa positiva que negativa. Gostei bastante do segundo tempo, mais veloz, jogadores mais fortes. A gente inicia de maneira positiva a temporada.”
Diniz reforçou que o amistoso fez parte de um processo maior, focado na temporada como um todo. Ele destacou que a base do elenco de 2024 tem facilitado a adaptação dos reforços e citou o papel importante dos jogadores experientes no auxílio aos recém-chegados:
“É muito precoce falar de adaptação, mas todos vão se adaptar. Os treinamentos têm sido bons, e o grupo tem assimilado rápido. Treinamos ontem de maneira intensa, porque nosso foco não era o jogo, mas sim a temporada. A base do ano passado ajuda muito nesse processo”.
Sobre Matheus Pereira, que tem sido alvo de especulações sobre uma possível saída, Diniz foi enfático ao demonstrar sua confiança na permanência do meia.
“O que eu posso falar é que a gente quer que ele fique muito. Eu, particularmente, tenho uma relação ótima com ele. E ele tem uma relação ótima com o elenco. Tem uma qualidade muito grande, tem tudo a ver com o que a gente pensa e na minha cabeça ele vai ficar pra nos ajudar nessa temporada. É o que o clube quer e o que todo mundo pensa.”
O técnico também destacou a inteligência da equipe em se adaptar às circunstâncias do jogo. Apesar de sua filosofia priorizar a saída de bola curta e a posse, Diniz reforçou que seu time saberá variar as estratégias.
“O propósito que eu tenho no futebol é que a equipe joga bem e saiba jogar o que o jogo pede. Acho que hoje o time foi inteligente pra sair mais alongado, mas nunca nas minhas equipes não tem proibição de ter bola longa. O que a gente tem é muitas alternativas pra sair jogando, o time vai ter cada vez mais segurança pra sair jogo curto e inteligência pra perceber quando tiver que jogar longo. Quando a gente joga curto, é a maneira de ter a bola e chegar mais fácil no gol adversário. Quando o jogo pedir pra gente jogar mais alongado e evitar que o adversário crie chances, a gente vai fazer. O time perceber o que pode fazer pra poder construir as vitórias.”
A logística do futebol brasileiro, alvo recorrente de críticas, também foi abordada por Diniz, que lamentou a falta de uma pré-temporada adequada. “Estamos queimando etapas. É um problema que afeta todos os times, mas o calendário brasileiro está pior. Tem clássico, viagem longa e pouco tempo de recuperação. Só acontece no Brasil. Vamos pensar em uma logística que nos permita começar de maneira harmoniosa”, declarou.
Diniz considerou a experiência nos Estados Unidos como positiva para o grupo, que está treinando em um centro de excelência. Ele destacou a importância do isolamento para o foco na preparação e elogiou a estrutura oferecida pelo clube.
Sobre os desfalques, o técnico comentou a situação de Wallace, que saiu de campo sentindo dores. “Não é algo que preocupa. É algo pontual e, em alguns dias, ele deve estar de volta.” explicou.