Zerozero
·22 de enero de 2025
Zerozero
·22 de enero de 2025
Depois da excelente campanha na Conference League ao serviço do Vitória SC, Rui Borges não foi tão feliz na sua tarde de estreia na Liga dos Campeões e o Sporting acabou derrotado na visita ao RB Leipzig.
Dois motivos tornam o resultado mais lamentável para os leões. Desde logo o facto do adversário ter chegado a este jogo sem qualquer ponto e matematicamente eliminado, enquanto os leões estão ainda na luta pela passagem, mas também porque houve momentos em que a equipa verde e branca dificultou a sua própria tarefa - o golo do 2-1, logo a seguir ao empate, foi um lance recheado de erros.
Assim, o Sporting soma a terceira derrota consecutiva na prova e chega ao fim da sétima jornada com os mesmos 10 pontos que tinha após quatro jogos. Decidirá em casa, frente ao Bologna, o seu futuro europeu.
Mesmo com um novo treinador, e consequentemente com novas peças e dinâmicas no comportamento coletivo, o leão mostrou o mesmo que em tantas outras noites europeias fora de casa: a incapacidade para controlar o jogo.
A equipa portuguesa até entrou com algum atrevimento, mas as iniciativas ofensivas acabaram quase sempre com os impacientes e prematuros remates de Conrad Harder, que voltou a aproveitar os problemas físicos de Gyökeres para ser titular. Terminado o primeiro quarto de hora, começámos a ver o RB Leipzig numa das suas melhores versões nesta edição da Liga dos Campeões...
Ora, aos 18 minutos Openda ameaçou o golo e logo de seguida foi o promissor Benjamin Sesko a fazer o 1-0, marcando pelo quinto jogo em sucessão. Demérito de Geny Catamo no momento defensivo, ao permitir que David Raum recebesse com tranquilidade e fizesse o passe fatal. Raum, lateral esquerdo alemão, seria mesmo a grande figura do primeiro tempo, já que, além da assistência, ainda teve um tento anulado e travou em cima da linha o que seria um golo de Fresneda.
As coisas não estavam a correr bem e pioraram ainda mais quando St. Juste saiu por lesão, num acontecimento que já nem sequer surpreende os mais otimistas dos adeptos. Ainda assim, a entrada de Gonçalo Inácio veio dar ao Sporting um maior conforto em posse e isso gerou uma série de ocasiões perigosas. Maxi Araújo, Harder, Fresneda e Debast ameaçaram o empate, mas nenhum o conseguiu.
A segunda parte começou com um agigantar dos alemães, que em apenas dois lances (um falhanço de Xavi Simons e um remate ao poste de Haidara) convenceram Rui Borges de que não podia mais adiar as alterações que a equipa indiretamente exigia.
Gyökeres Bragança e Morita, quais vingadores, entraram em campo e dois deles combinaram para fazer o empate. O médio português fez um passe para a profundidade e o sueco, depois de bater Orban em drible, fuzilou a baliza com o seu pé esquerdo. Era exatamente do seu maior goleador que o Sporting precisava.
O que o Sporting garantidamente não precisava era que o Leipzig voltasse à vantagem apenas três minutos depois, ainda por cima num lance tão caótico quanto desesperante, já que uma série de erros, ressaltos e tropeções levaram Yussuf Poulsen ao golo. Israel saiu em falso e também Ricardo Esgaio, acabado de entrar, ficou muito mal na fotografia…
É a 14ª derrota do clube em 16 jogos em solo alemão, mas mais do que isso é a primeira derrota (regulamentar) sob o comando do novo treinador. Seria um desastre a eliminação nesta fase - especialmente tendo em conta um arranque que deixava os leões no segundo lugar ao fim das primeiras quatro jornadas -, de maneira que o último jogo ganha contornos importantíssimos.