Hernandez foi vilão e o Milan terminou eliminado da Liga dos Campeões pelo Feyenoord | OneFootball

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Calciopédia

·18 de febrero de 2025

Hernandez foi vilão e o Milan terminou eliminado da Liga dos Campeões pelo Feyenoord

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Após a derrota por 1 a 0 fora de casa para o Feyenoord, pelos playoffs da Champions League, o Milan voltou ao San Siro precisando de uma vitória por um gol de diferença para chegar aos pênaltis ou de um triunfo por pelo menos dois tentos para se classificar para as oitavas de final da competição. Em uma temporada de muitos altos e baixos, os rossoneri buscaram aproveitar a força de sua torcida para conseguir a virada contra os neerlandeses. E parecia que tudo daria certo após um começo fulminante, mas quando o juiz apontou para o meio, foram os holandeses que comemoraram: um empate por 1 a 1 lhes bastou, numa noite em que Hernandez se destacou negativamente.

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Para correr atrás do resultado, Sérgio Conceição enviou o que tinha de melhor a campo, com as grandes contratações, que mudaram de patamar o elenco milanista, em um ofensivo 4-2-4. Walker na lateral, com muita força defensiva, permitindo maior liberdade ao verdadeiro ala que é Hernandez, com Pavlovic e Thiaw protegendo o goleiro Maignan. Musah e Reijnders fizeram a dupla de volantes, com muita pegada e chegadas à área. Para fechar o time titular, o talentoso quarteto de ataque, com Pulisic, João Félix, Santi Giménez e Rafael Leão.


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Já o time comandado pelo interino Pascal Bosschaart entrou no gramado com o mesmo 4-3-3 do jogo da ida. O goleiro Wellenreuther, atrás de Read, Beelen, Hancock e Smal. Milambo, Moder e Bueno no meio de campo, com o ataque formado por Moussa, Zepiqueno Redmond – nomeado assim em homenagem ao personagem do filme Cidade de Deus – e o brasileiro Igor Paixão, que foi o carrasco do Diavolo na primeira perna do confronto. Os visitantes foram para a Itália com 10 desfalques, o que tornava ainda maior a responsabilidade de quem já havia chegado como favorito.

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O jogo começou bem para o Milan, que viu Giménez acionar a lei do ex contra o Feyenoord (Getty)

O panorama do jogo estava claro desde antes de a bola rolar. Atrás no placar agregado, o Milan tomaria a iniciativa. Assumiria riscos com um time extremamente ofensivo e de muita qualidade, mas que apresentou problemas defensivos durante toda a temporada e entrou em campo com poucos jogadores caracterizados pela capacidade de marcação. Já o Feyenoord, além de se defender com muita dedicação, buscaria utilizar a velocidade para explorar a linha alta de defesa do rival em contra-ataques e, assim, resolver o confronto.

A desvantagem italiana acabou assim que a partida começou. E com direito a lei do ex. Santi Giménez, o artilheiro recém-contratado juntamente ao Feyenoord, com apenas 38 segundos jogados, balançou as redes. O mexicano se tornou o primeiro a marcar a favor e contra o mesmo time em uma só edição de Liga dos Campeões, além de chegar ao seu sexto tento na competição. A confiança e a euforia da torcida aumentaram muito com o perfeito início de uma equipe que se acostumou a ir melhor na parte final. A festa no San Siro, que já era ensurdecedora, se tornou ainda mais explosiva e barulhenta. E, dentro de campo, os jogadores foram junto.

A pressão do Milan seguiu funcionando. O Feyenoord ficou com muitas dificuldades para sair e, antes dos 25 minutos, os italianos já haviam criado mais algumas ocasiões e pelo menos duas chances claras, com João Félix e Hernandez. O time mandante estava funcionando muito bem como um todo, o quarteto se entendia e o grupo fazia o melhor jogo da temporada, mostrando a grande capacidade de competir e de apresentar um futebol de qualidade.

Era um verdadeiro amasso. Os rossoneri chegavam de todos os jeitos, com muito repertório. Jogadas de brilho individual, lances coletivos, construções longas, velocidade após recuperação de bola. Muitos sustos à defesa e muito trabalho para Wellenreuther. Porém, a dedicação defensiva do Feyenoord e a grande noite do goleiro impediram que o placar aumentasse na primeira etapa e levaram o confronto em igualdade para o intervalo.

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Rafael Leão não se rendeu, mas o Milan não conseguiu ampliar sua vantagem quando jogava em 11 contra 11 (Getty)

Após um primeiro tempo praticamente irretocável, era natural que Sérgio Conceição optasse por manter a equipe como estava. O volume de jogo na metade inicial foi tão grande que era difícil imaginar que a virada não chegaria caso isso seguisse. Bosschaart também decidiu não mexer no seu time, apesar do sofrimento, entendendo que uma pausa e a conversa no intervalo poderiam mudar o panorama do jogo.

Contudo, o início da etapa complementar foi como os 45 minutos anteriores. O Diavolo se manteve em cima, criando boas oportunidades e fazendo um bombardeio contra a defesa adversária. Até que, aos 50, uma infantilidade de Hernandez atrapalhou muito as pretensões de seu time. Já amarelado por empurrar um adversário com o jogo parado, o rodado francês tentou simular um pênalti de maneira totalmente descabida e indiscreta, tomou seu segundo cartão e foi expulso por Szymon Marciniak, considerado um dos melhores árbitros em atividade na Europa.

Com a vantagem numérica, os holandeses mudaram completamente sua postura na partida, buscando ter mais a posse, já que a pressão não seria a mesma e sempre haveria um homem livre. O jogo ficou equilibrado e mais disputado, sem uma grande superioridade de nenhum dos lados. Até que, aos 72 minutos, em uma jogada muito bem trabalhada, Bueno cruzou para Carranza igualar o marcador e recolocar o Feyenoord na frente no placar agregado. O detalhe é que o argentino surgiu para cabecear justamente no setor deixado por Hernandez – o inexperiente Bartesaghi substituiu Pulisic e não conseguiu conter o adversário.

Atrás no agregado e sem muito tempo por jogar, os rossoneri se viram obrigados a se lançar à frente. Sérgio Conceição colocou Chukwueze e Abraham no lugar de Musah e Reijnders, ou seja, dois atacantes no lugar de dois meio-campistas, assumindo o risco de sofrer o contra-ataque, pois já não havia mais nada a perder.

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Hernandez levou dois cartões infantis e sua expulsão mudou o panorama do jogo: o Milan engolia o Feyenoord, porém terminou eliminado (Getty)

Sem criatividade, o Milan tentou marcar no abafa e no chuveirinho. Com 10 na linha, o time perdeu a capacidade ofensiva, ainda mais contra uma defesa muito fechada e com superioridade numérica, então a alternativa foi encher a área de gente e tentar chegar a um gol através de cruzamentos. Mas nada adiantou e, depois de apresentar seu melhor futebol na temporada, e talvez até em mais tempo do que isso, o heptacampeão europeu deu adeus à Liga dos Campeões. Vale destacar, ainda que, os rossoneri chegaram a ficar próximos das oitavas e só não avançaram diretamente a esta fase porque perderam para o modesto (e eliminado) Dinamo Zagreb.

Em um jogo coletivo, individualizar uma derrota é sempre algo complicado, mas é inegável que a eliminação tem a marca da irresponsabilidade de Hernandez. Ao ser expulso com muito jogo pela frente e de maneira extremamente juvenil, Théo, que tantas vezes utilizou a braçadeira de capitão, fez com que o Milan não pudesse mais manter a pressão, quebrou o bom ritmo do time e renovou a confiança e a coragem do Feyenoord, que voltou ao jogo, à eliminatória e conseguiu o resultado desejado.

A época de tanta irregularidade dos rossoneri cobrou seu preço na Champions League e vai cobrando na Serie A. Resta agora focar em uma campanha de recuperação com solidez para poder disputar, na próxima temporada, a maior competição de clubes do futebol mundial – em segundo plano, fica a disputa da Coppa Italia. E, para o lateral francês, que já vinha de altos e baixos, além de problemas extracampo, fica a dúvida: sua relação com o Milan será encerrada na próxima janela de transferências?

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