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Nosso Palestra

·30 de enero de 2025

No dia da saudade, um Conselho, como o de Almir Guineto

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Hoje é 30 de janeiro, o dia da saudade. Demorei um tanto a achar sentimento nesta tarde, que por enquanto caminha chuvosa e sem muitas notas a se comemorar. O nosso time vive uma espécie de crise identitária, sofremos no mercado, os negócios dão errado, o clima está bélico, pesado, difícil.

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Eu não sei dizer pra vocês o que está errado, se está realmente tudo tão errado, se nós estamos passando do ponto, se Abel já está além do ponto ou se a direção nem sabe onde está o ponto certo, mas o que mais tenho no coração é essa sensação de saudade. De nós, dos nossos momentos de ansiedade, de nos unirmos contra os outros, de sermos mais todos do que um.

Almir Guineto, em 1986, escreveu assim:

Deixe de lado esse baixo astralErga a cabeça enfrente o malQue agindo assim será vitalPara o seu coração É que em cada experiênciaSe aprende uma liçãoEu já sofri por amar assimMe dediquei, mas foi tudo em vão Tem que lutar, não se abaterE só se entregar a quem te merecerNão estou dando nem vendendoComo o ditado dizO meu conselho é pra te ver feliz

Não é simples, nem deveria, mas o que me causa saudade, também, é entender o que realmente nos reúne, o que realmente nos motiva e pelo que deveríamos mesmo lutar. Com a cabeça cheia, costumamos pensar: ‘é melhor acabar’, mas talvez não seja. Tem que lutar, não se abater. O Palmeiras não pode ser motivo de tanto sentimento dolorido, ele não é isso nas nossas vidas, e é por isso que incomoda.

Por isso, neste dia, com a chuva ali do lado de fora e tanta notícia chata, o meu conselho pra mim e pra vocês, é pra que a gente tente ser feliz de novo. Expulsar o que há de ruim e reencontrar nossos instintos mais honestos. O Palmeiras não é da presidente, do treinador e dos que lá estão, mas nosso. Se há alguém que não nos quer por perto, azar, porque no fim do dia quem prevalece é quem ama.

Saudade de nós, Palmeiras.

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