O Flamengo é um aluno que fez seu dever de casa - mas ainda não passa confiança pra família | OneFootball

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·16 de mayo de 2025

O Flamengo é um aluno que fez seu dever de casa - mas ainda não passa confiança pra família

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O que o time precisava fazer ele fez. Dentro de casa, com um Maracanã lotado, a equipe rubro-negra tinha que vencer a LDU por 2x0 para não ser arremessada nesse purgatório de times de segundo escalão, pecadores veniais e crianças não batizadas que é a Copa Sul Americana e foi exatamente isso que o Flamengo fez.

Dois gols foram marcados, nenhum foi sofrido e precisamos agora de uma vitória simples diante do Tachira, último colocado do grupo para garantir uma classificação desnecessariamente atribulada e incrivelmente mais complicada do que o necessário para a fase de mata-mata da Libertadores da América.


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Mas mesmo que o dever de casa tenha sim sido feito, é preciso reconhecer que, se fosse um aluno, o Flamengo não estaria exatamente passando grande confiança pra família e merecendo aquela viagem pra Disney no fim do ano.

E um dos motivos é a situação bastante complicada do nosso ataque. Ainda que o abafa de Filipe Luís tenha funcionado e nossa defesa tenha tido uma atuação bastante segura, com destaque para o tento marcado por Léo Ortiz e para a linda jogada de Alex Sandro no segundo gol, ofensivamente o Flamengo ainda se mostra confuso, sem encontrar um modelo ideal de jogo ou mesmo uma formação que pareça funcionar.

Com Pedro sendo poupado, temos Bruno Henrique novamente jogando de centroavante, o que vem fazendo com que o time perca uma opção de lado de campo sem necessariamente ganhar um bom atacante de área, ou seja, todos perdem por todos os ângulos.

Nas pontas temos Michel, que vem cada vez mais fazendo jus ao ditado de que quando ele está feio a gente pode esquecer (qualquer chance dele acertar uma jogada); Cebolinha que não parece estar em grande fase e mesmo Luiz Araújo, responsável por uma assistência e um gol, se sustentando muito mais no posicionamento e nos chutes aleatórios, já que com a bola rolando também tem tomado decisões pra lá de duvidosas.

Numa noite como a desta quinta, em que Arrasca esteve apagado e Gerson recuado, o que nós acabamos tendo é um Flamengo que basicamente leva a bola até a ponta, vê seu ponta tentar alguma jogada esquisita, e então recupera a bola para que ela possa ir até o outro ponta e ele tente alguma outra jogada esquisita. Repetidamente. De novo e de novo.

Foi o bastante para vencer uma LDU que parecia menos um time profissional e mais onze moradores da Tijuca escolhidos pelo seu desempenho em espanhol no Duolingo? Sim. Mas vai funcionar diante de adversários com um mínimo de qualidade? Como vimos nos dois vexames diante do Central Córdoba, um time argentino de nível mediano, é provável que não.

Então ainda que siga possível não apenas a classificação como a classificação em primeiro do grupo - não seria absurdo vencer o Táchira em casa por um placar seguro e ver a LDU despachando a equipe argentina na altitude - a verdade é que a participação lamentável do Flamengo até agora na Libertadores vem expondo muitos dos problemas do time de Filipe Luís. Problemas que precisam ser resolvidos não apenas na parte tática e técnica, mas também em termos de montagem de elenco e busca por reforços.

Porque sim, hoje fizemos o dever de casa, mas é visível que temos provas ainda mais complicadas pela frente e, diante delas, a nota que tiramos hoje definitivamente não vai ser o bastante pra passar de ano.

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