oGol.com.br
·1 de noviembre de 2024
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O Corinthians começou bem, marcou cedo e parecia ter as coisas sob o controle. Mas o Racing, com dois gols em sequência, conseguiu a virada, venceu por 2 a 1 em Avellaneda e se garantiu na decisão da Copa Sul-Americana.
Não teremos final brasileira, como na Libertadores. Teremos o encontro da Academia com o Cruzeiro, no dia 23 de novembro, em Assunção, no Paraguai, na luta pelo troféu.
Foi um excelente início de jogo do Corinthians, com muita química entre Yuri Alberto e Memphis Depay. Não houve pressão argentina. Houve gol brasileiro. Após recuperação de bola no campo de ataque, Yuri Alberto lutou contra os defensores e deixou com Memphis, que devolveu com um belo calcanhar. Mesmo sem ângulo, o atacante bateu de canhota e mandou para o fundo da rede.
O Racing se desesperou um pouco. Se lançou ao ataque, mas ficou completamente aberto para os contra-ataques corintianos. Depay seguiu protagonista como um construtor, recebendo de costas, girando e achando companheiros livres. Assim, também, deixou Garro na cara do gol. O argentino ainda tinha Yuri Alberto livre no meio, mas parou em defesaça de Gabriel Arias.
Além de ser um perigo nos contra-ataques, o Timão se postava muito bem na defesa. Era combativo, agressivo na abordagem aos lances, ocupava bem os espaços. A Academia não conseguia ameaçar, a não ser na bola parada. O Cilindro não jogava junto.
Aos 33 minutos, momento da partida que a equipe pouco ameaçava Hugo Souza, Salas recebeu na canhota e tentou passe para a área. Martínez, caído, estava com o braço esticado, e o apitador marcou pênalti. Juan Quintero bateu forte, no meio do gol, e deixou tudo igual.
O jogo mudou. O estádio passou a jogar. O Racing, antes nervoso, ganhou confiança. Era o Corinthians que passava a errar. A virada saiu logo na sequência: Martínez recebeu lançamento longo na frente, em jogada que começou com cobrança de lateral, e desviou para deixar Quintero na cara do gol, nas costas da defesa. O colombiano bateu rasteiro e fez o 2 a 1. Um primeiro tempo que parecia na mão...
O Corinthians já não podia depender dos contra-ataques no segundo tempo. Tinha que propor o jogo. Quem contragolpeava era o Racing. E assim, quase chegou ao terceiro gol: Martirena apareceu bem pela direita e mandou de trivela na área para Salas, livre, concluir para fora.
Ramón Díaz, vendo sua equipe sofrer, colocou Talles Magno e mudou o esquema: sem Garro, jogou com três atacantes. Bidon também entrou, e ameaçou após tabela com Yuri Alberto: finalizou da meia-lua, e mandou por cima do alvo. Mas foi uma rara ameaça.
O Timão não conseguiu se reorganizar para furar um rival bem fechado. Entraram também Romero, Coronado... O Racing passava o tempo, sem que Arias precisasse intervir. Além de tudo, havia experiência no lado argentino para fazer o tempo passar.
Não houve nem abafa final. Nem cruzamentos desenfreados em busca de um milagre. Não houve milagre. Após cinco minutos de acréscimos, o Racing foi confirmado na decisão da Sul-Americana.