MundoBola Flamengo
·27 de diciembre de 2024
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·27 de diciembre de 2024
Namorado de Anitta e volante do Sheffield United. Esse é Vinição, volante revelado pelo Flamengo e campeão com Jorge Jesus em 2019. Cinco anos depois, o craque vive grande momento na Premier League, onde não tem medo nem dos grandes jogadores.
É o que ele conta em entrevista à ESPN. Ele cita discussões com Salah e Bruno Fernandes, de Liverpool e Manchester United, por exemplo. No entanto, tudo acabou em troca de camisas.
"Em campo, tenho muita briga... sou outra pessoa em campo. Briguei com Maddison, Salah. Claro, tudo ficou no campo, para mim já passou. Teve uma que discuti com Bruno Fernandes e depois a gente trocou camisa. Fica no campo para mim. Português, brasileiro... ele estava reclamando de uma jogada, não concordei. Depois, ele pediu minha camisa, troquei e falei 'você quer minha camisa'. Ele disse 'lógico'. Fica em campo, sou bastante briguento em campo", inicia.
Vinição faz elogios a Salah, relembra discussão, mas explica que não dá para brigar com o egípcio.
"Com Salah, foi que ele tentou cavar pênalti. Eu mando ele levantar, ele briga comigo, discute, depois me abraça. (Salah é um) cara tranquilão, não tinha como brigar. Peguei a camisa dele. Eu que pedi, né? Já estava ali no túnel, pedi e ele trocou rapidinho", completa.
Para chegar tão bem na Europa, Vinição conta que Mauricinho, ex-técnico da base, foi importante. Principalmente pelas semelhanças com Jorge Jesus nos treinos.
"Na base, com o Mauricinho, ele tinha trabalhos similares aos do Jorge Jesus. Quando chego na Europa, foi fácil a adaptação. Fazia tudo praticamente no Flamengo. O Mister foi um treinador que me deu tudo isso para a posição de primeiro volante, sou bastante grato", comenta.
No profissional, JJ, que tinha trabalhado com Matic, comparava muito Vinição a esse jogador.
"Não sabia quem era o Matic. Ele dizia para ver os vídeos. Assistia, lembro que ele estava no United. Era um jogador incrível, alto, mas não o acompanhava (a fundo). Obviamente, Matic eu sabia quem era, mas (quando acompanhei os vídeos)... achei incrível. Tinha um nível absurdo, ele ficava no meu pé falando de Matic, (lembrando) os treinos em Portugal. Foi uma experiência maneira com Jorge Jesus", lembra.
Vinição, porém, não assista a tantos jogos desse atleta.
"Eu mesmo não acompanhava tanto (o futebol europeu). Na época (o cara) era o Pogba, caras com mídia, mas o Matic foi incrível. Alguns jogadores valorizavam a importância do volante. Esses caras são incríveis. Jorginho, Fernandinho, Fabinho... incrível o que eles fizeram", revela.
O ex-Flamengo diz que Jorge Jesus interferia em cada detalhe dos treinos, e até no bobinho sempre tinha uma forma mais correta de se fazer.
"Tinha que ser da maneira dele, mas a gente percebeu que dava muito certo. Um passe simples, ele falava para dar em outro para romper linhas... posicionamento sem a bola foi o mais importante, Arão foi o destaque como volante, particularmente eu pegava muito esses detalhes. Parava o treino o tempo inteiro. Podia ser um bobinho. Tudo tinha um jeitinho e mudança do Jorge Jesus. Ele era incrível como treinador, foi uma temporada que não sei explicar", afirma.
Por fim, Vinição diz até que os jogadores elevavam a carga e buscavam a perfeição para que Jesus não paralisasse o treino, mas as tentativas eram em vão.
"A gente evitava fazer as coisas para não parar (o treino). Ele sempre achava um porém, às vezes ficava chato porque parava bastante. Mas os resultados acontecendo, tudo o que ele falava acontecia, fluía natural, não tem como teimar se está dando muito certo", finaliza.