Beto: “Parece-me que às vezes o Diogo quer apagar muitos fogos” | OneFootball

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·14 mars 2025

Beto: “Parece-me que às vezes o Diogo quer apagar muitos fogos”

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A fase difícil do FC Porto nesta temporada afeta todos, incluindo o capitão Diogo Costa. O guarda-redes do Porto apresenta, atualmente, a menor percentagem de defesas a remates adversários desde que se tornou titular na Liga, na época de 2021/22. Na última jornada, na derrota contra o Sp. Braga, ele foi o responsável pelo golo que garantiu a vitória aos arsenalistas na luta pelo último lugar do pódio na classificação.

Os dados apresentados podem sugerir uma depreciação do valor de mercado do guarda-redes, mas, em contrapartida, ele é o único na elite dos sete principais campeonatos europeus a ter mais jogos sem sofrer golos do que Diogo Costa, com 13 em 25 partidas. Das 11 ‘clean sheets’ que obteve, a maioria foi na época anterior, enquanto neste ano conta com apenas duas, contra o Farense e o Arouca.


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“Isto está muito relacionado com o contexto coletivo”, disse Beto, ex-guarda-redes do FC Porto e da Seleção Nacional, ao jornal Record. Ele comentou a diminuição do número de defesas de Diogo Costa, afirmando: “A linha defensiva do FC Porto mudou, o sistema alterou-se e, pelo que percebo, o Diogo também teve que se adaptar a esta nova maneira de defender.” Beto, que recorreu à sua própria experiência, sugeriu que a diminuição da eficácia de Diogo Costa em parar remates está relacionada com esta adaptação.

“Aparentemente, e falo com experiência, porque também passei por isso na Turquia, o Diogo tenta resolver muitos problemas. Quando se tenta resolver tudo, pode-se perder a noção de posicionamento, cometendo erros, porque se quer corrigir falhas do sistema defensivo. Isso pode levar a erros que o prejudicam. Acredito que é isso que está a acontecer com o Diogo, que, em muitos jogos, tem tido um papel crucial em parar os ataques adversários. Portanto, defendo que a questão não é apenas individual, mas sim uma questão de contexto da equipa”, acrescentou o antigo guarda-redes e ‘tetra vencedor’ da Liga Europa, a primeira com os dragões de André Villas-Boas, em 2010/11.

Com a aposentação de Pepe, Diogo Costa consolidou o seu papel de capitão e, com isso, aumentou as suas responsabilidades na equipa. Numa época de transição, em que o FCPorto tem enfrentado várias alterações no plantel, com a saída de jogadores-chave e a entrada de novas promessas, a questão é se as funções de capitão também podem ter contribuído para o seu desempenho. Beto foi claro: “Não, porque a braçadeira não confere poderes. E não conheço o Diogo o suficiente para ter uma opinião sobre o seu carácter como líder, mas parece-me que o FC Porto tem jogadores com o ADN de capitão.”

Beto reforçou que as estatísticas “acabam por prejudicar” Diogo Costa, mas sublinhou que o guarda-redes do FCPorto tem “uma qualidade inegável e é um guarda-redes muito sóbrio”, insistindo que o problema está na adaptação coletiva a uma nova filosofia de jogo.

Apesar da fase menos positiva que está a atravessar, Diogo Costa mantém a sua titularidade garantida, tanto no FC Porto como na Seleção Nacional, o que lhe confere a margem para regressar às exibições que o levaram ao topo do futebol. “Ele continuará a ter um lugar sólido no FC Porto e na Seleção Nacional, isso é inquestionável. Não apenas pelo seu valor e capacidades, mas também por tudo o que o Diogo atualmente aporta, tanto ao FC Porto como à Seleção Nacional. Isso assegura a sua titularidade.”

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