Bruno Henrique se reinventa como centroavante, analisa canal | OneFootball

Uma das grandes histórias desse início de temporada é de Bruno Henrique. Isso porque o jogador está mostrando grande evolução em nova função.

Com Pedro lesionado e a saída de Gabigol, além de Juninho também enfrentar problemas físicos nesse início de ano, Filipe Luís está tendo que improvisar BH.

O craque vem sendo útil, marcando gols e fazendo bem o pivô. O analista tático Victor Nicolau, do canal Falso 9, publica uma análise sobre a evolução de BH27 na função.

"Ele está tendo que se desafiar, já para lá dos 30 anos, para se adaptar a essa função. Tudo muda e nem sempre ele está no melhor contexto", diz o analista.

As valências de Bruno Henrique potencializadas como centroavante

O bom mano a mano de Bruno Henrique se destaca, mas também a marcação alta na saída de bola adversária, que permite que o Flamengo de Filipe Luís seja agressivo na frente.

"Ele pode potencializar o próprio jogo a partir da facilidade que tem de pressionar, pelo meio, por dentro. É muito mais diferencial do que pelo lado. Aí, consegue ser determinante até em condições de fazer gol, mesmo jogando fora da sua zona de conforto. Ele tem essa capacidade de um contra um e pressão alta que o faz recuperar bolas na frente. Isso tem o ajudado", inicia.

Os toques de primeira estão sendo importantes para fazer o ataque fluir, e Bruno Henrique está aprendendo a ser cada vez mais objetivo.

"Em outros momentos, precisa ficar de costas para o gol, centralizado. Está se adaptando, mas mesmo assim, vemos evolução. Tem tocado nas bolas, tem sido uma referência. Não tem saído de lá para perder bola, tentar jogadas, fechar linha de passe, o que é um erro comum que não tem esse cacoete de centroavante", analisa.

Prova disso é o número, em média, de participações no jogo ao lado de alguns companheiros.

"Ao lado do Plata, ele participa, em média, 47 vezes no jogo. Com Arrasca, 35 vezes. Está sabendo se controlar, segurar para participar menos. Quando participa, a missão é conseguir participar com eficiência", afirma.

Pivô e coletividade

Para que isso funcione, é crucial que Bruno Henrique consiga jogar de costas. Ele já faz bem o pivô e tem evoluído muito no jogo coletivo.

"Tem se desenvolvido no pivô. Começa de jogar, se adapta, entende o tempo da jogada. A zona congestionada. Nunca foi muito a dele, mas aos poucos, jogando a poucos toques, ele consegue ter essa real noção. Começando devagar, ele vai, aos poucos, se aperfeiçoando no jogo de costas. Isso tem sido marcante. Jogar a poucos jogos, se sacrificar pelo time", explica.

Além disso, Falso 9 chega a comparar Bruno Henrique com Pedro.

"Já consegue jogar a um toque e faz o jogo acontecer com tranquilidade. Tem consciência, qualidade e espírito coletivo. Tem ajudado demais ele nessa jornada. Já começa a fazer jogadas típicas de Pedro, de camisa 9, com técnica e sabendo usar o corpo e a força que tem. Consegue até pifar companheiros", finaliza. Confira a análise na íntegra.