Território MLS
·11 mars 2025
Columbus Crew: A temporada de transição e os desafios para manter-se no topo da MLS

Território MLS
·11 mars 2025
Quando a pré-temporada começou, o Columbus Crew parecia destinado a mais uma campanha de alto nível, brigando por títulos em todas as frentes. Desde a chegada de Wilfried Nancy, essa tem sido a identidade do clube: competitivo, difícil de ser batido e constantemente na disputa pelas principais conquistas do continente.
O impacto de Nancy no Columbus Crew vai além dos troféus. Seu estilo de jogo, baseado em posse de bola, superioridade numérica ao redor da bola e liberdade criativa, transformou a equipe em uma das mais envolventes da Major League Soccer. Como o próprio treinador destaca: “Eu gosto de ver meu time jogar e me arrepiar.”
Sob seu comando, o Crew conquistou a MLS Cup em 2023, a Leagues Cup em 2024 e chegou à final da Concacaf Champions Cup no mesmo ano. O sucesso recente consolidou o clube como uma potência, mas a atual temporada apresenta desafios que colocam essa continuidade em dúvida.
Com o histórico recente de conquistas, o Columbus Crew figurava entre os principais favoritos à MLS Cup 2025. No entanto, a equipe passou por uma verdadeira reformulação, perdendo peças-chave e, de forma inexplicável, não reforçando o elenco à altura.
O primeiro grande golpe veio ainda em 2024, quando Aidan Morris se transferiu para o Middlesbrough, da Inglaterra, sem que o clube buscasse um substituto imediato. Para a temporada atual, o desmanche continuou:
📌 Alexandru Mățan → Dibba Al-Hisn (Emirados Árabes)
📌 Yaw Yeboah → LAFC
📌 Christian Ramírez → LA Galaxy
📌 Cucho Hernández → Real Betis (Espanha) – Principal jogador da última temporada
Crew comemora gol de Cucho Hernandez em 2024 (Columbus Crew / X)
Diante dessas baixas, a expectativa era que a diretoria agisse rapidamente para recompor o elenco. No entanto, a única contratação até agora foi o ponta-esquerda Lassi Lappalainen, que ainda não estreou devido a uma lesão. A pergunta que fica para a torcida é inevitável: por que o Columbus Crew ainda não se movimentou no mercado?
Apesar das mudanças no elenco, a equipe manteve sua identidade de jogo: posse de bola, pressão alta e organização tática. No entanto, a falta de soluções ofensivas tem sido evidente, com dificuldades para criar chances claras e transformar volume de jogo em gols.
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Nos primeiros quatro jogos da temporada, o Crew balançou as redes apenas cinco vezes. Em um primeiro olhar, o número pode não parecer alarmante, mas a distribuição dos gols revela um problema maior:
🔹 4 gols marcados na estreia contra o Chicago Fire
🔹 1 gol nos últimos três jogos, incluindo duas partidas sem marcar
A seca ofensiva pode ser um reflexo das saídas e da falta de reposição. A longo prazo, essa tendência preocupa e pode comprometer as aspirações do time na temporada.
Independentemente da causa da queda de rendimento, um ponto é claro: o elenco do Columbus Crew está enxuto e carece de alternativas, especialmente no setor ofensivo. Se a diretoria não agir, a equipe pode sofrer com desgaste ao longo da temporada, dificultando a missão de manter-se entre os candidatos ao título.
Os próximos capítulos mostrarão se Wilfried Nancy conseguirá, mais uma vez, superar os desafios e manter o Crew no topo. O talento do treinador é inegável, mas, sem reforços, a tarefa promete ser a mais difícil desde sua chegada a Columbus.
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