
Central do Timão
·29 mai 2025
Dupla ex-Corinthians Feminino fala sobre voltar a atuar na Neo Química Arena pela Seleção Brasileira Feminina

Central do Timão
·29 mai 2025
Nesta sexta-feira, 30 de maio, às 21h30 (horário de Brasília), a Seleção Brasileira Feminina enfrentará o Japão, na Neo Química Arena, no primeiro dos dois amistosos diante das japonesas nesta Data Fifa. O técnico Arthur Elias convocou cinco atletas das Brabas: as zagueiras Mariza, Thaís Ferreira, as meio-campistas Vitória Yaya e Duda Sampaio e a atacante Jhonson. A preparação da seleção acontece no CT Dr. Joaquim Grava, estrutura do Alvinegro.
Além delas, o elenco da Amarelinha conta com duas atletas que passaram pelo Parque São Jorge: a zagueira Tarciane e a lateral-esquerda Yasmin. A segunda atualmente joga no Real Madrid, da Espanha, e já acumula 15 jogos por lá. Em coletiva, a lateral foi questionado sobre o retorno à Neo Química Arena e ressaltou a importância do técnico Arthur Elias para a Canarinho, com quem também trabalhou no Corinthians.
Foto: Lívia Villas Boas/CBF
“Estou muito confortável e muito feliz por estar nesse ambiente de volta. Eu vivi grandes coisas aqui. Me sinto realmente em casa quando estou aqui, então está sendo muito bom poder voltar. Eu acho que vou me emocionar quando estiver na Neo Química Arena, por toda a história que eu tenho ali”, iniciou.
Yasmin atuou em 236 partidas pela equipe feminina do Corinthians entre as temporadas 2017 e 2024, marcando 18 gols. Ao todo, conquistou 17 títulos pelo Alvinegro e é a atleta mais vitoriosa da história do clube na modalidade.
“Acredito que, dentro de campo, posso contribuir muito com as meninas na leitura de jogo e no que o Arthur propõe para a Seleção hoje. Já conheço muito o trabalho dele e a forma que ele gosta que a gente jogue. Fora de campo, tenho tentado ser um pouco mais líder e tento ajudar de todas as formas. O papel do Arthur é muito de potencializar as qualidades de cada uma e a gente unir tudo isso em prol da Seleção. Sempre foi uma equipe com muita potência, com muita qualidade e ele entrou e foi conhecendo todas para potencializar o melhor de cada uma”, continuou.
Ela também ressaltou a experiência que vem tendo na Europa: “Eu tenho aprendido muitas coisas na Espanha e isso tem me ajudado muito. Tenho tentado colocar os ensinamentos em prática no meu dia a dia. Acredito que eu vou conseguir, treinando, adaptar o que eu aprendo para o meu jogo também. Desde pequena, eu falava que eu ia jogar fora e que eu queria aprender muito a cultura de outros países. Já deu para conhecer bastante coisa, mas eu acho que tem muito mais coisa para desfrutar disso”, finalizou.
Atualmente no Lyon, da França, a zagueira Tarciane também falou do sentimento em retornar à Neo Química Arena e relembrou o período defendendo a camisa das Brabas, onde atuou entre 2021 e 2024. Ao todo, foram 76 jogos e 12 gols marcados, além de inúmeros títulos conquistados. Antes de embarcar para a Europa, a atleta de 22 anos foi vendida pelo Corinthians ao Houston Dash, dos Estados Unidos. A entrevista foi concedida à CBF TV.
“É minha segunda casa e estar aqui, onde comecei aos 18 anos, trouxe memórias do meu primeiro treino. É um prazer retornar. Foram momentos muito difíceis. Eu acho que o mais importante pode crescer como profissional, como pessoa foi minha vinda para o Corinthians. A comissão com o Arthur (Elias), o Rodrigo (Iglesias, auxiliar) e a Cris (Gambaré, ex-diretora de futebol feminino das Brabas e atualmente coordenadora da CBF) foram as pessoas que acreditaram muito em mim.”
“É difícil, tinha muitos momentos que eu mesmo não acreditava. Às vezes é difícil a gente passar pelas coisas, mas a gente é atleta. Tudo aconteceu muito rápido na minha vida. Eu era muito nova, vim para cá com 18 anos, ganhei bastante coisa e aprendi bastante coisa. Foi com a minha primeira convocação que mudou tudo”, iniciou.
Em seguida, Tarciane detalhou o que mudou no Corinthians em relação ao seu início no Fluminense, onde também foi revelada: “No Corinthians eu precisava mudar muita coisa. Eu precisava mudar como eu era. Quem me conhece desde o Fluminense sabe que eu era um pouquinho mais explosiva. Eu precisava amadurecer para poder crescer. Depois que eu consegui entender isso, parece que minha vida andou. Não foi fácil, foi bem difícil. Todos os dias a gente precisa de ajuda, tem que ser forte.”
“A gente passa por momentos muito difíceis, mas graças a Deus, o ano passado eu fiz um ano muito bom. Eu acho que eu consegui ter uma sequência muito boa. Todo mundo conseguiu ver um pouquinho que eu posso oferecer para a Seleção Brasileira. E tenho certeza que eu posso ajudar muito mais”, disse.
A Seleção Brasileira Feminina se prepara para a disputa da Copa América da modalidade, que será realizada no Equador entre os dias 10 e 28 de julho. A Canarinho está no Grupo B ao lado de Colômbia, Paraguai, Bolívia e Venezuela. Antes disso, porém, elas enfrentarão o Japão nesta sexta-feira e na próxima segunda-feira, 2, às 21h30 (de Brasília), em Bragança Paulista.
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