AVANTE MEU TRICOLOR
·16 janvier 2025
AVANTE MEU TRICOLOR
·16 janvier 2025
Mandatária do rival mudou de ideia sobre ir aos EUA em cima da hora (Wagner Meier/Getty Images)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, vem usando os microfones ultimamente para atacar a pré-temporada dos clubes brasileiros fora do país. Mas ela se esqueceu de um pequeno detalhe: ela mesmo tinha negociações avançadas para levar o rival verde a FC Series, nos EUA.
No começo da semana, Leila alfinetou o clube do Morumbi e o próprio presidente Julio Casares em sua fala, dizendo que "viagem ao país norte-americano" durante a preparação de um time para o ano "serve para dirigente ir visitar a Disney".
Apesar do São Paulo não ter sido citado nominalmente, a alusão foi clara, visto que o Tricolor está em Orlando, na Flórida, local onde fica o parque mais famoso do conglomerado de mídia estadunidense.
O problema é que o Palmeiras era um dos times confirmados na FC Series até novembro, quando a CBF divulgou o calendário para esta temporada e ficou confirmada a antecipação dos estaduais.
A informação foi divulgada pelo jornalista Jorge Nicola. Segundo ele, o diretor executivo do time verde Anderson Barros, negociou tudo: acomodação, quartos e logística. Chegou até mesmo a enviar documentações do clube e dos jogadores.
O AVANTE MEU TRICOLOR foi além. Apurou com fontes da cúpula do clube do Morumbi que era certo um clássico do Palmeiras com o São Paulo em terras estadunidenses. A proposta foi aceita pelos dois lados.
Entre os organizadores da FC Series, o clima é de consternação pelos ataques de Leila, visto que o Palmeiras recusou porque quis a viagem (todas as exigências teriam sido aceitas).
“No futebol, as pessoas não estão acostumadas a ouvir a verdade e a verdade é uma só. Essa coisa de internacionalização, você internacionaliza o seu time, pagando as contas em dia, honrando os compromissos, mostrando um bom trabalho”.
“Essas negociações que o Palmeiras fez com seus atletas da base, o que é isso? O mundo inteiro, o mundo é globalizado, todo mundo está vendo todo mundo. Não preciso ficar rodando o mundo para mostrar quem eu sou. As pessoas sabem quem são os clubes. Sabe quem honra seus compromissos, sabe quem faz um bom trabalho, trabalho profissional. É isso que eu acredito”.
“Não quis ofender absolutamente ninguém,só falei a verdade. Repito: pré-temporada no exterior não vale absolutamente nada esportivamente e nem financeiramente”, decretou a presidente do time da Pompeia.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, o São Paulo receberá cerca de R$ 3 milhões da Superbet pela pré-temporada nos EUA.
Em dinheiro vivo, ou seja, 'na mão', digamos assim, a viagem tricolor renderá um total de aproximadamente R$ 4,5 milhões, visto que a FC Series pagará de cachê ao clube R$ 1,5 milhão pelos treinos e dois jogos realizados em solo estadunidense.
Isso, claro, sem contar as despesas (viagem, hospedagem e alimentação), que são custeadas pelos organizadores.
A 'cereja do bolo' dos trabalhos nos EUA serão os dois jogos contra equipes brasileiras: Cruzeiro, no dia 15 (quarta-feira), às 21h30 (de Brasília), em Orlando, e Flamengo, no dia 19 (domingo), às 17h (de Brasília), em Fort Lauderdale.
Lembrando que para o último duelo, ante os cariocas, parte da delegação tricolor (na maioria jovens, reservas e um dos auxiliares de Zubeldía) retornam ao Brasil para a estreia da equipe no Campeonato Paulista, um dia depois, ante o Botafogo, fora de casa.