MundoBola Flamengo
·5 mai 2025
Estádio do Flamengo: Bap solicita mais tempo para assinar termo de compra do terreno

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·5 mai 2025
O Flamengo solicitou, na última quinta-feira, uma nova prorrogação de 90 dias no prazo para assinar o termo final da compra do terreno do Gasômetro, onde vai construir o seu estádio próprio. A decisão de pedir o segundo adiamento foi liderada pelo presidente Luiz Eduardo Baptista (Bap).
Prevista inicialmente para janeiro, a formalização do termo foi adiada pelo clube sob a prerrogativa de aprofundar os estudos de viabilidade técnica e financeira antes de concluir a aquisição. O clube contratou a empresa FGV projetos, um braço da Fundação Getúlio Vargas, para realizar essa avaliação. A informação sobre o novo adiamento é do jornalista Leo Jardim, do jornal 'O Globo'.
Esse termo de compra é necessário por causa do imbróglio com a Caixa Econômica Federal. Além dos R$ 138,2 milhões pagos pela vitória no leilão do terreno, o banco conseguiu, junto à Advocacia-Geral da União (AGU), o acréscimo de R$ 23 milhões. Esse valor deve ser parcelado ao longo de cinco anos.
Em abril, o Flamengo anunciou a contratação de três empresas para iniciar os estudos técnicos no terreno do Gasômetro. A previsão é que esse trabalho dure cerca de seis meses e sirva de base para o projeto conceitual coordenado pela Arena Events + Venues, empresa responsável pelo plano de arquitetura.
A Aecom é a responsável pelo estudo de contaminação do solo, considerado o mais complexo. As tarefas da empresa são: investigação ambiental, atualização de avaliação de riscos e definir a estratégia de descontaminação. Isso além de apontar os custos e prazos necessários para completar essa etapa.
A Soloteste atuará no levantamento de dados geotécnicos que melhor subsidiarão os cálculos estruturais, a definição da tipologia e refinamento dos custos de fundações do estádio. A responsabilidade pelas análises topográficas ficará a cargo da JDS.
Serão analisadas as características do terreno, como relevo e altura, além de verificar se há obstáculos no local. Também será avaliado o impacto sobre a vegetação e se serão necessárias medidas para corrigir ou compensar possíveis danos ao meio ambiente, conforme exigido pelo edital.
Ainda há uma estação de gás no terreno do Gasômetro, e o clube deverá discutir com a Companhia Distribuidora de Gás (CEG) o remanejamento dessas instalações. A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa) indica que a transferência dos galpões administrados pela Naturgy serão obrigatórias.
Eduardo Paes afirmou em diferentes oportunidades que o custo dessa transferência será responsabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro, mas o edital prevê que o responsável é o Flamengo. A diretoria mantém contato com as partes para tentar solucionar esse imbróglio, que pode custar até R$ 250 milhões.
Os estudos iniciais apontam que o custo de construção do estádio do Flamengo pode chegar na casa dos R$ 3 bilhões, algo confirmado pelo próprio Bap. A estimativa apresentada pela gestão de Rodolfo Landim era de R$ 1,9 bilhão, mas os novos cálculos mostram que o valor pode ser o dobro e a nova diretoria trabalha com uma nova data de inauguração: de 2029 para 2031.
A atual diretoria afirma que o foco é garantir que a construção do estádio seja viável e não comprometa a saúde financeira do clube. Assim, opta por uma abordagem mais cautelosa em relação aos prazos e reforça a necessidade de elevar consideravelmente as receitas do clube.