MundoBola Flamengo
·5 février 2025
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) acatou a solicitação do Ministério Público e retirou Eduardo Bandeira de Mello da lista de réus do processo que apura os responsáveis pelo incêndio que vitimou 10 jovens atletas no Ninho do Urubu, em 2019. O juiz Tiago Fernandes emitiu a decisão nesta quarta-feira (5).
O MP-RJ pediu a saída do ex-presidente do Flamengo do processo com base no prazo para a prescrição do crime de acordo com a idade do acusado. EBM era réu por incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave, crime que tem tempo de prescrição de oito anos. Como Bandeira possui mais de 70 anos, contudo, esse período reduz para quatro anos.
O prazo é de oito anos caso o acusado tenha mais de 21 anos na data do crime ou menos de 70 anos quando a sentença for emitida. Como possui 71 anos e fará 72 em 2025, o tempo para a prescrição para o ex-presidente cai pela metade. A solicitação do MP foi feita na segunda-feira (3), pela promotora Roberta Dias Laplacevia, e acatada pelo TJ em dois dias. Assim, Bandeira de Mello deixa o processo sem o caso ter sido julgado. A Tragédia do Ninho do Urubu completa seis anos no próximo sábado (8).
Os réus que seguem na lista do processo são: Márcio Garotti (ex-diretor financeiro do Flamengo) ; Marcelo Sá (engenheiro do Flamengo); Fabio Hilário da Silva (NHJ- empresa que forneceu os contêineres); Edson Colman da Silva (técnico de refrigeração); Claudia Pereira Rodrigues; Weslley Gimenes; E Danilo da Silva Duarte.
Nesta terça-feira (4), o Flamengo anunciou acordo na Justiça com a família do goleiro Christian Esmério. Era a única família das 10 vítimas fatais da tragédia que ainda não tinha sido indenizada.
Um incêndio atingiu as instalações do Ninho do Urubu onde dormiam os jogadores das categorias de base do Flamengo na madrugada do dia 8 de fevereiro de 2019. Dez atletas faleceram e três ficaram feridos. Outros 13 jovens conseguiram escapar. As investigações feitas apontaram que o incêndio começou após um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado. Além de identificar que os atletas não poderiam utilizar as estruturas por falta de regularização.
Os jovens que falecerem, lembrados pela torcida aos 10 minutos de todos os jogos: Athila Paixão (14 anos); Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas (14 anos); Bernardo Pisetta (14 anos) Christian Esmério (15 anos); Gedson Santos (14 anos); Jorge Eduardo Santos (15 anos); Pablo Henrique da Silva Matos (14 anos); Rykelmo de Souza Vianna (16 anos); Samuel Thomas Rosa (15 anos) Vitor Isaías (15 anos).