Má gestão? Ex Benfica não poupa nas palavras: "Schmidt era uma bomba relógio à espera de rebentar" | OneFootball

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Glorioso 1904

·7 octobre 2024

Má gestão? Ex Benfica não poupa nas palavras: "Schmidt era uma bomba relógio à espera de rebentar"

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José Manuel Delgado, atual redator principal do jornal A Bola e antigo profissional de futebol entre 1974 e 1989, analisou num artigo de opinião, a gestão do Benfica e afirmou que o "foram criadas condições para que o paradigma de depressão se transformasse em campo de ilusão".

"Diz a razão que as ‘chicotadas psicológicas’ são sobretudo fruto de má planificação, e que a estabilidade, no futebol, é um bem inestimável. Mas, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Quando alguém contrata um treinador, nunca o faz a pensar que vai despedi-lo antes do final do vínculo, não só por razões desportivas, mas também de tesouraria. Porém, há momentos em que o melhor para todos – clube, treinador e jogadores – é mesmo o divórcio, e isso sucede quando se atinge aquele ponto em que toda a gente percebe que só se está a perder tempo. Ter sensibilidade para intuir o momento certo, é uma arte que muitas vezes não está ao alcance de quem, por se encontrar demasiado perto do problema, vê as árvores mas não enxerga a floresta", começou por dizer.


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"Mas peguemos no caso do Benfica, por paradigmático. O clube, com Roger Schmidt, era uma bomba relógio à espera de rebentar, de tal forma os adeptos estavam insatisfeitos, os jogadores já tinham levado a relação com o técnico ao limite da saturação, e os dirigentes tentavam, desesperadamente, retardar o inevitável. Quando Schmidt foi substituído por Lage, a cabeça dos jogadores desbloqueou-se, os adeptos uniram-se, e os dirigentes tiveram de agarrar-se à solução encontrada, como um náufrago não larga a boia de salvação, e, quase de imediato, foram criadas condições para que o paradigma de depressão se transformasse em campo de ilusão", continuou antigo jogador.

"Resumindo, há um saber único, que só quem é do futebol possui. Mas que é insuficiente, sem ajuda altamente qualificada, para gerir um clube de futebol de topo. Aliás, muitos dos titãs da indústria afirmaram que só chegaram onde chegaram por se terem rodeado por quem é melhor do que eles. Isso é liderança forte e descomplexada, porque mediocridade só puxa mediocridade", terminou José Manuel Delgado

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