
Gazeta Esportiva.com
·8 avril 2025
Muricy revela papo com Zubeldía após expulsão contra o Galo: “Fui na sala dele”

Gazeta Esportiva.com
·8 avril 2025
Muricy Ramalho revelou que teve uma conversa particular com Luis Zubeldía após a expulsão do treinador no empate sem gols com o Atlético-MG, no último fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro. O coordenador técnico do São Paulo comentou sobre o gênio forte do comandante argentino, que se acostumou a colecionar cartões desde que chegou ao futebol brasileiro.
“Fui na sala dele visitá-lo. Ele ficou muito nervoso [contra o Atlético-MG], deu um chute no banco, machucou o pé. É difícil o gênio que ele tem, ele vive o jogo, não aceita essas arbitragens. É difícil. Eu falo para ele que se ele não mudar, os árbitros já entram em campo já sabendo quem é quem. O árbitro já entra em campo olhando o banco. O jeito dele é difícil. Falei bastante com ele e conversamos várias outras coisas, sobre o jogo”, revelou Muricy Ramalho no Galvão e Amigos, da Band.
Zubeldía acabou sendo expulso pelo árbitro Ramon Abatti Abel por reclamação em um lance em que o zagueiro Lyanco, do Atlético-MG, que já tinha um cartão amarelo, atingiu Ferraresi.
Por causa das reclamações, Zubeldía inicialmente foi advertido com um cartão amarelo. Porém, ao continuar se queixando da decisão do árbitro, recebeu o segundo amarelo e, consequentemente, o vermelho.
“Eu era nervoso, mas eu falava muito mais com meus jogadores do que com a arbitragem. Era difícil me expulsarem. A diferença é essa. Não adianta [berrar com o árbitro]. Ele apitou, acabou”, completou Muricy.
Apesar do gênio forte de Zubeldía, Muricy Ramalho ressaltou a boa relação que construiu com todos os treinadores que passaram pelo São Paulo desde que ele passou a atuar como coordenador técnico na gestão do presidente Julio Casares.
“Estou há quatro anos nessa função, trabalhei com vários treinadores e nunca tive problema com ninguém. Por que? Porque eu me posiciono. Zubeldía no primeiro dia foi igual aos outros. ‘Olha, Zubeldía, minha função aqui é fazer a ponte entre diretoria e comissão técnica. Você escala. No meu contrato tem uma cláusula que pode qualquer um ser treinador, menos eu’. Eu sei como é o futebol, tem aqueles momentos difíceis que sempre tem a tentação, até jogadores já me chamaram [para treinar o São Paulo]. Eu não quero mais ser treinador. Eu converso com o Zubeldía todos os dias, ele tem confiança”, concluiu.