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·8 octobre 2024

Paulo Fonseca tenta recuperar a mão de um Milan em colapso

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A temporada irregular do Milan parece ter entrado em colapso após a derrota no fim de semana para a Fiorentina, por 2 a 1. Em Florença, uma coisa ficou bem clara: o técnico Paulo Fonseca perdeu a mão do elenco. O português usará a Data Fifa para tentar colocar a casa em ordem para que seu trabalho em Milão não seja jogado fora em tão pouco tempo.

Os primeiros jogos da temporada sob o comando de Paulo Fonseca não foram nada animadores: empates com Torino e Lazio e derrota para o Parma. Além de, após uma goleada sobre o Venezia, o time ter perdido em casa para o Liverpool. Mas o Derby della Madonnina pareceu ter mudado tudo. Ledo engano...


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As mudanças táticas no dérbi

Depois da derrota para os Reds, Paulo Fonseca implementou algumas mudanças táticas na equipe do Milan, visando o jogo contra o rival da cidade, a Internazionale. A imprensa italiana tratava o jogo como decisivo para o técnico, com boatos de que, em caso de derrota, Fonseca poderia ser demitido.

Ao invés de adotar uma abordagem defensiva para o jogo, Fonseca foi ao ataque. Como nem o rival esperava. Se a expectativa era pela escolha entre Tammy Abraham e Álvaro Morata, o técnico lançou ambos para o jogo. Adotou o 4-4-2, com muita ofensividade nos corredores laterais com Emerson Royal e Theo Hernández. Buscou uma pressão sufocante na saída de bola nerazzurri, e colheu bem os frutos: vitória por 2 a 1.

Antes do clássico, Paulo Fonseca, também, colocou frases motivacionais no espaço do vestiário dedicado a cada jogador, usando a língua materna de cada um. O técnico pareceu ter ao lado o grupo de jogadores com uma "liderança rotativa", alternando os capitães como Tite costumava fazer na seleção.

O time tentou engrenar. A mesma postura do clássico foi adotada para o jogo contra o Lecce, e novamente o resultado foi positivo: 3 a 0. Mesmo a derrota contra o Bayer Leverkusen, e o "apagão" de 30 minutos que o time sofreu, pareciam não afastar esse momento positivo. Mas o jogo em Florença foi carvão em fogo.

Time em colapso

Nem o mais pessimista torcedor rossonero poderia esperar tamanho retrocesso da equipe contra a Fiorentina. Além de ser um time pouco seguro, de pouca agressividade e com muitos problemas defensivos, foi uma equipe com um mental completamente afetado. Um time nervoso, com discussões entre os jogadores durante a partida e falta de hierarquia.

As decisões de Paulo Fonseca não foram respeitadas em campo. Quando o primeiro pênalti foi marcado, foi Theo Hernández quem pegou a bola para cobrar, ao contrário do pedido de Fonseca por Pulisic. O estadunidense não fez concorrência, e Theo acabou desperdiçando a penalidade.

No vestiário, segundo a imprensa local, Fonseca teria reiterado que o cobrador era Pulisic. Mas não foi levado em consideração. Quando o apitador marcou o segundo pênalti para o Milan, Tomori pegou a bola e deixou com Abraham. Dessa vez, Pulisic tentou contestar, mas Abraham o afastou. Fonseca ainda gritou do banco, sem ser ouvido. Abraham perdeu a cobrança. Vale destacar, também, o brilhantismo de De Gea nos lances. Mas para o torcedor rossonero, a culpa será sempre maior. O Milan perdeu no fim, e aumentou a tensão entre a comissão técnica e os jogadores. O clima no vestiário não foi nada bom...

"Estou chateado... Nosso batedor é o Pulisic, não sei porque os jogadores mudaram de ideia. Falei com ele e disse que isso não pode acontecer novamente", disse o português após o jogo.

Fonseca deixou claro, publicamente, que não irá aceitar outros atos de indisciplina. Também o fez em contato com os jogadores, e contou com o aval de cima.

Em reunião com a diretoria rossonera, Paulo Fonseca recebeu apoio e aval para "colocar fim a atos de indisciplina do elenco". O time tem de entrar no eixo. Fonseca terá 13 dias de pausa entre o jogo contra a Viola e o duelo diante da Udinese. Tempo para lavar a roupa suja, reforçar seu modelo de jogo e preparar uma reviravolta rossonera na temporada.

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