oGol.com.br
·15 novembre 2024
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"Esqueçam aquilo que foi a Venezuela". A frase foi dita por Dorival Júnior antes do confronto desta quinta-feira para defender a "nova ordem mundial" no futebol. Nada novo, apenas uma nova forma de expressar o velho clichê: "não tem mais bobo no futebol". De fato, o técnico estava certo. Antes um reconhecido "saco de pancadas", a seleção venezuelana quebrou uma série de tabus com o empate em 1 a 1 no Monumental de Maturín.
Foi a primeira vez na história que a Venezuela conseguiu algo que parece simples: um empate dentro de casa. Sim, antes desta quinta-feira, o Brasil detinha o retrospecto impecável de 10 jogos e 10 vitórias em solo venezuelano. O saldo era ainda mais impressionante, com 39 gols marcados e apenas quatro sofridos.
Na "nova ordem mundial", no entanto, o domínio brasileiro foi desfeito. O Brasil não conseguiu vencer nem em casa, sob comando interino de Fernando Diniz (1 a 1), nem fora, agora com Dorival Júnior, com o mesmo placar. Nossa seleção corroborou o discurso do treinador e nos fez esquecer "aquilo que foi a Venezuela, embora os mais críticos possam dizer que na realidade aos poucos esquecemos o que foi o Brasil.
Invicta contra a seleção brasileira, a Venezuela entrou em um grupo seleto de seleções que conseguiram o feito nas eliminatórias. Apenas três equipes haviam sobrevivido ao Brasil em dois jogos no torneio - O Uruguai, por duas vezes, em 2002 e 2006; Colômbia e Bolívia, em 2010.
O Uruguai, por sinal, pode repetir o feito pela terceira vez. Basta segurar o Brasil na próxima rodada, na Fonte Nova, na terça-feira. No primeiro confronto, lá, a seleção foi derrotada por 2 a 0. Para alívio de Dorival e do torcedor brasileiro, mesmo uma derrota fará pouca diferença. Na nova ordem mundial, classificam-se seis de dez seleções da Conmebol, e a sétima ainda terá chance em repescagem. Ainda não chegamos a tanto...