Rui Borges: «Acredito que possa haver mudanças no Benfica» | OneFootball

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·10 janvier 2025

Rui Borges: «Acredito que possa haver mudanças no Benfica»

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Rui Borges realizou, esta sexta-feira, a antevisão à final da Taça da Liga deste sábado, contra o Benfica, em Leiria. Em Alcochete, o técnico leonino admitiu que acredita que o Benfica tenha alterações em relação ao jogo com o SC Braga e com o próprio dérbi de Alvalade.

Abordando muito a questão da «sobrecarga» física que tem condicionado a equipa ao longo das suas respostas, Rui Borges admitiu que o cansaço físico tem de ser ultrapassado para que o Sporting consiga vencer a final da Taça da Liga contra o Benfica.


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Já sobre o mercado, Rui Borges não quis comentar qualquer tipo de interesse em Rui Silva e Alberto Costa, focando-se no jogo deste sábado no Estádio Dr. Magalhães Pessoa.

Rui Borges em discurso direto

Novo dérbi em pouco tempo: «Estou feliz por estar na final, independentemente do adversário que fosse. Sobre as mudanças do Benfica, os princípios do Benfica não mudam, mudam sim as características individuais. Estamos muito preparados para aquilo que o Benfica poderá ou não implementar no seu jogo, acredito que possa haver alguma mudança em relação ao jogo com o SC Braga, que ganharam muito bem e categoricamente, mas acredito que a equipa dará uma grande resposta e está num bom momento»

Ausência de Morita: «Dor de cabeça? Toma-se um Ben-u-ron ou um Brufen e depois passa. Digo sempre no meu discurso que não me agarro à dificuldade. Começamos sempre com 11 jogadores, vamos ser competitivos e manter a ambição e coragem que temos tido, independentemente se é o Simões ou o Brito. Cabe-me a nós arranjar soluções. Sei que vamos ser competitivos. Triste por não contar com o Morita. Há alguma sobrecarga e estamos sempre sujeitos a isto. Há sempre lesões. Faz parte. Temos de saber adaptarmo-nos às dificuldades e a tudo o que acontece no dia a dia»

Jogar antes do Benfica: «Um dia a mais de descanso não fará diferença no desfecho do jogo. Apontamentos? Claro que olhamos sempre e tentamos apontar algumas coisas. O Benfica pressionou sempre com três homens, o Schjelderup fazia muitas vezes uma linha de cinco. Mas também era um SC Braga diferente, dá sempre para apanhar algumas coisas. Mas acredito quase a 100% que não jogará a mesma equipa. Sabemos que o Benfica quererá entrar forte no jogo, tal como fez contra o SC Braga, mas temos de estar preparados. Uma equipa diferente? Poderá ser diferente em termos de um jogador ou outro, mas os princípios estão todos lá. Claro que quererão querer modificar um ou outro comportamento, mas isso é igual para as duas equipas»

Receita para um Benfica diferente: «Uma final é sempre diferente, o sentimento é diferente, a motivação é diferente... Mentalmente, é tudo diferente na maneira como treinador e jogadores encaram o jogo. Queremos sempre ganhar, seja contra quem for, mas é uma final, tem sempre uma especificidade diferente. Podemos acrescentar troféus à história do clube. Acredito que o Benfica queira ser uma equipa pressionante. Temos de dar mérito ao Sporting, que, na primeira parte, não deixou o Benfica criar nada, foi pressionante... O grande desafio é conseguirmos ser consistentes durante mais tempo, na forma de pressionar e na intensidade. Percebo as dificuldades que temos, porque andamos aqui sobre jogos e há muita sobrecarga em alguns jogadores. Temos de tentar gerir, e sentimos isso com o FC Porto. Foi ao contrário. Na primeira parte, faltou-nos um bocado de energia, e, na segunda, estivemos melhor. Por mais que trabalhemos, às vezes, depende do momento do jogador e da equipa, não controlamos tudo. Acredito, sim, que, por ser uma final, não pode haver cansaço. No momento em que começar o jogo, acredito que a equipa estará preparada e dará uma boa resposta»

Muitas baixas: «Não vou estar a falar em vantagens, não me agarro a isso. A equipa está mais cansada, faz parte, até porque alguns jogadores, dadas as lesões que têm e fazendo jogos seguidos, há uma sobrecarga. Corremos o risco de perder ainda mais jogadores. Em termos físicos, não estão a 100%, mas não podemos agarrar-nos a isso. Estamos numa final, estamos num grande clube, e a exigência tem de ser sempre dar o máximo. Se o fizermos, estando mais ou menos cansados, não há vantagens. São 11 contra 11 e temos de dar o nosso melhor. Temos de ser competitivos, e, se o formos, vamos ganhar.»

Rui Silva e Alberto Costa: «São jogadores que não pertencem ao Sporting neste momento e não quero estar a alimentar. Se algum for jogador do Sporting, estarei aqui para comentar. Até agora, um é jogador do Vitória e outro do Betis. Independentemente de gostar ou não, não são jogadores do Sporting»

Gonçalo Inácio no meio-campo: «Sim, é uma das possibilidades. Já o fez com o Ruben [Amorim] em certos momentos. É um jogador que vem de lesão, que não está preparado para a exigência inicial do jogo, mas é um jogador que sabe jogar ali. Mas também há outros ali. Até o Esgaio já jogou a médio. Estamos num clube grande e os jogadores são cada vez mais inteligentes, são comprometidos e agarram-se às ideias da equipa técnica. Estaremos cá para assumir alguns erros, desde que haja compromisso e exigência dentro daquilo que queremos enquanto equipa técnica»

Lado estratégico: «Os jogos grandes que ditam meias-finais e troféus serão sempre muito competitivos, mais do que bem jogados. São muito táticos, de compromisso nos duelos, quem estiver mais proativo nas segundas bolas. Ninguém quer perder. A equipa que estiver mais forte nesses sentidos, nos duelos, em algum momento vai haver um pormenor, tal como aconteceu com o Viktor [Gyokeres]. No jogo do FC Porto aconteceu exatamente aquilo que eu disse aqui, porque são jogos muito específicos que decidem um troféu»

Porque há tantas lesões no Sporting: «Se soubéssemos o porquê não tínhamos lesões nas equipas... Quando existe uma sobrecarga, há mais risco de lesão. Acho que é um pouco científico, também não estudei para isso, mas com a experiência e a carreira... Às vezes corremos esse risco, às vezes temos sorte, mas é algo que temos de continuar a estudar. Felizmente, temos muita gente e boa a estudar dentro desses parâmetros. Dia após dia, temos de ser melhores, eu enquanto treinador e tentarmos entender essas lesões»

Golos sofridos pelo Sporting: «Em três jogos, sofri golos num jogo. Dois golos de bola parada e dois de bola corrida. O Benfica tem dois remates, o FC Porto tem dois remates... Ainda ontem ouvi que o FC Porto foi melhor na primeira parte que o Sporting, mas o FC Porto tem dois remates e o Sporting tem remates mais perigosos. Contra o Vitória, sim, sofremos quatro golos da forma como foi e temos de acertar alguns comportamentos. O Vitória foi a equipa que mais problemas nos criou nesse sentido. Eu não sou mágico, e o nosso processo defensivo está longe daquilo que nós queremos, mas isso é notório, nós não treinamos quase. Mas é isso que me deixa feliz, mesmo não treinando eles vão-se agarrando às ideias. Muito feliz com aquilo que a equipa tem produzido em termos defensivos e ofensivos»

Promessa se ganhar: «Não. Estamos felizes, enquanto equipa técnica, por estarmos na final. A promessa é ter a folga e ir a casa ver os meus pais, a minha mulher e o meu filho. Não há momentos para festa. Depois temos um compromisso para o campeonato, que é o nosso grande objetivo do nosso clube»

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