Se segue sem encantar, desta vez o Flamengo ao menos conseguiu vencer | OneFootball

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·11 mai 2025

Se segue sem encantar, desta vez o Flamengo ao menos conseguiu vencer

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Se teve uma coisa que a última semana ofereceu ao torcedor rubro-negro, essa coisa foi o famigerado ajuste de expectativas. Se antes o sonho era classificar em primeiro na Libertadores, hoje ele é “não passar a vergonha de cair na fase de grupos estilo Léo Moura com fone de ouvido em 2012”. Se antes o cenário parecia ser vencer fora os times de meio de tabela do Brasileirão, agora o pique é mais “não podemos empatar dentro de casa, senão vai ficar tudo muito complicado”.

Em suma, um Flamengo que tinha tudo pra deixar o torcedor no pique mais Odete Roitman possível, decidiu nos ensinar uma lição de humildade e nos fazer agradecer até pelas menores coisas da vida, algo bem mais Raquel Acioly.


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E nessa realidade atualizada onde fomos jogados, um mundo sem sentido onde de seis pontos disputados contra o Central Córdoba o Flamengo consegue um, e que na fila da renovação o Varela parece estar na frente do Arrascaeta, a vitória caótica deste sábado diante do Bahia, no Maracanã, precisa ser considerada um excelente resultado.

Primeiro porque, apesar de não encher os olhos, o time conseguiu ao menos fazer seu dever de casa. Tentou de todas as formas se complicar, seja com falhas na defesa, inoperância no ataque, mais erros técnicos e imensa demora de Filipe Luís em fazer as substituições? Sim, mas isso não muda o fato de que, graças a mais um gol decisivo de Arrascaeta, garantimos os três pontos dentro de casa.

Depois porque qualquer resultado diferente seria uma tragédia em todos os sentidos possíveis. No Brasileirão, onde abandonamos qualquer conceito de sustentabilidade e começamos a desperdiçar pontos como se eles fossem um recurso infinito; na Libertadores, onde temos uma partida decisiva nesta quinta-feira e precisamos chegar com um mínimo de moral; e no aspecto anímico básico da equipe, já que um dos times mais caros do Brasil emendar três partidas seguidas sem ganhar com certeza não iria servir exatamente pra aumentar a confiança.

E por fim, é preciso ressaltar até a importância desse resultado para o equilíbrio cósmico, durante um período tão atribulado e caótico em termos geopolíticos. Isso porque Rogério Ceni conseguiu perder mais uma vez, completando sua 16ª derrota em 16 jogos como treinador diante do Flamengo, reafirmando seu papel como uma das poucas constantes em um universo cada vez mais caótico, onde uma diretoria acha que não vale a pena sentar pra conversar sobre um novo contrato com um cara que é apenas o artilheiro do time no campeonato.

Porque temos agora pela frente cinco jogos que podem, sem grande exagero, decidir que rumo vai tomar o ano do Flamengo. Se pela Libertadores temos duas partidas de vida ou morte, em que não apenas precisamos ganhar, mas precisamos ganhar bem, pelo Brasileiro temos um clássico contra o Botafogo em casa e um duelo contra o Palmeiras fora, que podem dizer muito sobre nossas pretensões de título, enquanto na Copa do Brasil a decisão da vaga contra o Botafogo-PB pode parecer mais fácil, mas ganhar do Central Córdoba parecia fácil também, então nunca se sabe.

Que o Flamengo consiga então voltar a jogar seu melhor futebol, que os jogadores consigam encontrar sua melhor fase técnica, que Filipe Luís consiga colocar de novo essa equipe nos eixos. Ou que, é claro, esse time apenas vença. Porque o futebol a gente pode até reencontrar com o tempo, mas os pontos perdidos, esses não tem chance de voltar não.

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