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Zerozero

·6 avril 2025

Uma tragédia grega

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Se, à partida para esta jornada, o FC Porto parecia já muito longe das contas do título, a verdade é que, depois do clássico com o Benfica deste domingo, as esperanças que os dragões tinham de festejar nos Aliados ficaram reduzidas praticamente a zero.

A formação orientada por Martín Anselmi até teve momentos positivos com bola. Ainda assim, a humilhação azul e branca pintou-se em tons de maturidade encarnada e a partida terminou com um 1-4 a favor do Benfica. A isto soma-se o facto de Vangelis Pavlidis se ter tornado o primeiro jogador da história do Benfica a marcar três golos em casa do FC Porto.


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A pressão está agora do lado do Sporting que visita o reduto do SC Braga nesta segunda-feira.

Sem tempo para respirar

Foi sem grandes surpresas que as duas equipas se apresentaram no relvado do Dragão. Enquanto o FC Porto iniciou o encontro com o mesmo onze que tinha dado uma boa resposta no Estoril, no habitual 3-4-3, Bruno Lage apostou, tal como era esperado, em Tomás Araújo e Florentino Luís no onze (4-2-3-1).

Com estes dados em cima da mesa, o encontro não podia ter começado de melhor maneira para os visitados. Com apenas 40 segundos disputados- muitos adeptos ainda procuravam os respetivos lugares na bancada-, Kerem Aktürkoğlu cruzou com conta, peso e medida para Pavlidis, que só teve de desviar para bater um desamparado Diogo Costa. Num primeiro momento o lance foi anulado por fora de jogo, mas o VAR confirmou a festa encarnada.

Poucos minutos depois, Rodrigo Mora surgiu em boa posição após uma recuperação de bola em zona alta dos dragões. No entanto, tanto o camisola 86 como Fábio Vieira foram pouco desenvoltos no ato de atirar à baliza- a tal matreirice que o FC Porto não teve e o Benfica mostrou desde os primeiros segundos - e o lance perdeu-se.

A partir daqui, a toada da primeira parte foi praticamente sempre a mesma: os da casa foram tendo mais bola- ainda que sem conseguirem entrar de forma efetiva no bloco adversário-, mas as águias chegaram com mais perigo à baliza adversária. Foi perante esta premissa que Florentino Luís obrigou Diogo Costa a uma boa defesa e Akturkoglu e Pavlidis atiraram ao poste.

Quando já muitos pensavam que a diferença mínima iria perdurar até ao intervalo, e numa altura em que adeptos do FC Porto já estavam em confronto com as autoridades policiais no topo norte, o Benfica dobrou a vantagem. Aos 43’, Pavlidis aproveitou uma bola ‘perdida’, driblou Diogo Costa e fez o bis, deixando assim o Benfica confortável no encontro.

Reação aquém das expectativas

Pois bem, quem esperava uma reação efetiva do FC Porto na segunda parte… apanhou uma grande desilusão.

Os azuis e brancos pareceram resignados desde os primeiros momentos da etapa complementar e raramente incomodaram o Benfica, que apenas teve de controlar.

As investidas dos da casa eram respondidas de forma recorrente com contra-ataques dos encarnados, que tiveram em Di María uma figura sempre perigosa. Foi perante este contexto que o Benfica chegou aos três golos de vantagem: após um cruzamento de Di María, Pavlidis (quem mais?) surgiu praticamente sozinho no interior da área e desviou de forma subtil para o fundo das redes de Diogo Costa.

O melhor que o FC Porto conseguiu fazer foi reduzir por intermédio de um desinspirado Samu, que aproveitou uma defesa incompleta de Trubin após um primeiro remate de Fábio Vieira. No entanto, já em cima do apito final, Otamendi subiu à área num lance bola de parada e fez o 1-4 final.

Com este resultado, as águias chegam às 16 vitórias em casa do FC Porto para o campeonato, sendo que em 11 das 15 anteriores edições da Liga em que isso aconteceu sagraram-se campeãs. Repertir-se-á a história em 2024/25?

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