Nosso Palestra
·10 April 2025
Abel Ferreira exalta ritmo do Palmeiras, pede paciência e fala sobre gesto de Ríos: ‘Futebol não é igreja’

Nosso Palestra
·10 April 2025
Após a vitória por 1 a 0 sobre o Cerro Porteño, nesta quarta-feira (9), no Allianz Parque, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e analisou a atuação do Palmeiras na segunda rodada da fase de grupos da Libertadores.
O treinador do Palmeiras destacou a entrega da equipe, mesmo diante das dificuldades físicas e logísticas enfrentadas na temporada.
– Eu não vejo nenhuma equipe no futebol brasileiro com essa fluidez toda, de jogo. Precisamos de velocidade, criatividade, isso vem muito com a frescura, tempo de recuperação, algo que não temos. O Paulistão nos deixou muitas marcas no físico. Temos que pensar internamente como clube, sobre essa competição. Não vai ser fácil: são 18 jogos em dois meses. Ficamos sem o Lucas, sem o Veiga, antes sem o Ríos – disse o treinador.
E concluiu sobre o impacto da rotina pesada:
– Não há milagres. Acaba por ser um desgaste tremendo, físico e mental, porque são jogos de dois em dois dias, com viagens. Você não dorme. O sono é um dos elementos mais restauradores. Às vezes chegamos às 4 da manhã, 3 da manhã no CT. Enfim, estamos na luta. Vamos com tudo que temos e com todos os recursos que temos. – finalizou o comandante.
Abel também analisou a vitória diante do Cerro e apontou a dificuldade no início:
– O início foi complicado. A gente ataca e eles defendem, e eles atacam e a gente defende. Depois que fazemos o gol, as coisas ficam mais fáceis. Deveríamos — e devemos — matar o jogo – disse.
Perguntado sobre a atuação e a utilização de Felipe Anderson, Abel foi sincero:
– Olha, pra ser sincero, acho que naquela posição ele pode nos dar mais. É bom pra ele, e bom para os torcedores passarem algum carinho. É muito mais fácil quando as pessoas têm paciência. Ele já jogou com a 7, a 11, a 10… E, se calhar, tem sido um dos jogadores que mais tenho prejudicado, em função das necessidades da equipe. É um atleta robusto, com técnica – analisou Abel Ferreira.
Por fim, Abel comentou o gesto de silêncio de Richard Ríos para a torcida após o gol e o posterior pedido de desculpas do jogador:
– O Ríos… quem sou eu pra dizer. Eu estou sempre dizendo: o futebol não é igreja. Ele é mágico pelas emoções que cria em nós. Às vezes, treinadores e jogadores têm reações que nem pensam. Alguma coisa que ouviram…
– O Ríos tem um coração top. Um menino que trabalha muito. Rapidamente fez as pazes. Ninguém é perfeito. Vocês viram o carinho do torcedor depois. – amenizou o treinador.