Gazeta Esportiva.com
·6 Februari 2025
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·6 Februari 2025
Neymar reestreou pelo Santos nesta quarta-feira, no empate de 1 a 1 com o Botafogo-SP. Apesar de ser um jogo de sétima rodada do Campeonato Paulista, o clima era de final.
A movimentação na Vila Belmiro começou bem mais cedo do que o habitual. Quatro horas antes da bola rolar, a rua Princesa Isabel já estava tomada por torcedores, jornalistas e vendedores ambulantes.
O assunto era apenas um: Neymar, claro. Por todo lado se ouvia o nome do atacante. “Será que ele vai ser titular ou fica no banco?”, “você acha que ele faz um gol?”, “agora a gente vai voar”, eram algumas das frases ouvidas nas redondezas do estádio.
O comércio também aproveitou a ocasião. Os bares que cercam o Urbano Caldeira estavam lotados, assim como a Santos Store. No meio da rua ainda haviam os vendedores ambulantes oferecendo todos os tipos de produtos do ídolo. Era copo, bandeira, faixa e até mesmo máscaras.
Cerca de 1h30 antes da bola rolar, chegou o ônibus do Santos. A primeira chegada de Neymar para um jogo oficial desde seu retorno. O clima era de euforia. Em meio a sinalizadores, centenas de pessoas se aglomeraram em volta do veículo para incentivar o elenco, com gritos e tapas no vidro.
A partir de então, o público foi começando a entrar na Vila Belmiro. O estádio, aliás, virou ponto de encontro de celebridades. Amigos e familiares do astro foram acompanhar de perto o retorno do camisa 10 e ficaram em um dos camarotes.
Conforme a hora do jogo ia se aproximando, a ansiedade ficava ainda mais evidente. Até mesmo o aquecimento virou motivo de celebração.
Neymar começou no banco, mas ganhou uma atenção especial durante o anúncio da escalação. As luzes se apagaram, o locutor gritou o nome do ídolo e a torcida explodiu de alegria.
Mesmo com a bola rolando, o craque ainda era o assunto mais comentado. A todo instante os olhos dos torcedores se direcionavam para o banco de reservas a procura do jogador de 33 anos.
Quando o árbitro marcou pênalti a favor dos mandantes, então, os santistas não pensaram duas vezes: “Neymar, Neymar, Neymar”. Ele não entrou para bater, claro. A responsabilidade ficou para Tiquinho Soares, que não decepcionou.
O gol fez a Vila pulsar. Faltava apenas o astro entrar. Neymar, então, voltou do intervalo sem colete e correu para a linha lateral. Havia chegado o tão sonhado momento. Imediatamente, todos pegaram o celular e começaram a filmar. O sorriso dos santistas não cabia na boca. O sonho se tornou realidade.
O primeiro toque do atacante na bola foi como se tivesse saído um gol. A torcida vibrava a cada lance que ele tentava. Bastava um passe mais difícil que os fãs já suspiravam. A cada pancada que o camisa 10 levava, os alvinegros se transformavam em seguranças particulares e xingavam o adversário de todas as formas. Tinha tudo para ser uma noite mágica.
O Botafogo-SP, porém, não estava para brincadeira e aproveitou a fragilidade aérea do time de Pedro Caixinha para empatar. Durante toda a noite, talvez esse tenha sido o único momento em que Neymar não foi pauta. Mas isso durou pouco, pois os torcedores apostaram todas as suas fichas justamente no ídolo.
Ele bem que tentou. Em uma jogada individual, costurou a marcação e quase fez um golaço. Atento, o goleiro rival fez a defesa. O lance quase fez a Vila vir abaixo. Depois, o craque ainda achou alguns passes em profundidade, porém os companheiros não ajudaram.
Assim, o jogo terminou empatado e os torcedores deixaram a Vila Belmiro com um misto de sentimentos. Por um lado, mais do que felizes pelo retorno do ídolo. Contudo, por outro, tristes por uma atuação abaixo contra um adversário frágil. Alguns até ensaiaram vaias, mas foram cobertos por aplausos e incentivos.
Com o empate, o Santos aparece na liderança do Grupo B do Paulistão, com oito pontos, um a mais que o Guarani, que está em segundo. Portuguesa, com seis, e Red Bull Bragantino, com cinco, completam a chave.
O Peixe volta a campo no próximo domingo, quando visita o Novorizontino, pela oitava rodada do Estadual. A bola rola no gramado do Estádio Doutor Jorge Ismael de Biasi a partir das 16 horas (de Brasília).