Papo na Colina
·8 Januari 2025
Papo na Colina
·8 Januari 2025
Desde que assumiu o controle do futebol do Vasco da Gama após entrar com liminar contra a 777 Partners, Pedrinho e os integrantes da gestão citam bastante uma “herança maldita” deixada pela 777 Partners. São diversas dívidas, valores a pagar e resquícios de uma gestão temerária que quase afundou de vez o futebol do Vasco da Gama.
E essa herança, aliás, impacta diretamente no futebol e no planejamento do Vasco para a temporada de 2025. O clube, no momento, tem pouquíssimo dinheiro e caixa completamente limitado para investir nesta janela de transferências, justamente porque a diretoria vem precisando concentrar esforços os pagamentos das diversas dívidas deixadas pela empresa americana, tornando o clube regularizado.
O ge informou na terça-feira que, de acordo com um relatório elaborado pela atual diretoria, a 777 pagou apenas 18% dos valores de contratações, luvas e comissões a empresários que deveriam ter sido acertados até maio de 2024, quando o clube associativo tomou o controle.
Na ocasião, o clube devia R$ 5,4 milhões de luvas aos jogadores do elenco. A diretoria priorizou a regularização desses pagamentos e até o momento quitou a dívida com quatro atletas: Vegetti, Paulo Henrique, Jair e Galdames – este nem sequer está mais no clube e foi recentemente anunciado como reforço do Independiente, da Argentina. Mas ainda existem valores significativos em aberto.
O Vasco pagou R$ 988 mil de luvas atrasadas a Payet, mas essa foi apenas uma parcela – em breve terá que repetir o pagamento desse valor. Adson e Hugo Moura, por exemplo, vivem situação parecida: receberam metade do que era devido e aguardam a quitação do restante.
Porém, dias melhores são projetados. O Vasco espera que consiga pagar todas as luvas atrasadas até junho, o que daria um fôlego interessante para que o clube tenha caixa para investir em contratações na janela do meio do ano, que marca o fim de temporada europeia.
Em maio, a dívida do Vasco com outras equipes, referente a contratações e aquisições de direitos econômicos conduzidas pela gestão da 777, era de R$ 51,2 milhões. O Vasco tinha dívidas em aberto com o Athletico (Hugo Moura), Atlético-MG (Jair e Paulo Henrique), Corinthians (Lucas Piton), Internacional (Palacios), São Paulo (Léo) e RB Bragantino (Praxedes).
Só a situação com o Bragantino está totalmente regularizada. As dívidas com Athletico e Corinthians estão parcialmente resolvidas, e os outros clubes vem busando acordos com o Cruzmaltino. O Vasco também precisou pagar recentemente cerca de 4 milhões ao Nacional-URU para não sofrer transferban pela contratação de Puma Rodríguez.
O mesmo deverá ser feito nas próximas semanas: o clube foi notificado pela Fifa e terá que pagar R$ 4,2 milhões ao Al-Shabab, da Arábia Saudita, por Paulinho; e reservou recursos para quitar com o Newell’s Old Boys uma parcela de US$ 1 milhão (R$ 6,1 milhão) que venceu no dia 31 de dezembro pela aquisição de Sforza.
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