Domador de <i>Leões</i> | OneFootball

Regresso às vitórias para o SC Braga. Os arsenalistas receberam, na tarde deste domingo, o Farense, último classificado da Liga Portugal Betclic, e venceram sem espinhas. Perante os Leões de Faro, a equipa minhota controlou o embate de início a fim e triunfou por 2-0, resultado até algo escasso para a superioridade demonstrada pelos anfitriões.

Múltiplas alterações operadas por Carlos Carvalhal em relação ao desaire europeu, a meio da semana, frente ao Bodo/Glimt: Paulo Oliveira, Yuri Ribeiro, Vitor Carvalho, André Horta e Ismaël Gharbi foram chamados à titularidade. Os minhotos apresentaram-se ainda com uma alteração estrutural nos primeiros 45 minutos, deixando o 4x2x3x1 habitual para passar boa parte do tempo num 3x4x3 com Roger Fernandes como dono da ala direita.

Do outro lado, os Leões de Faro surgiram num 5x4x1 que privilegiou as tarefas sem bola em detrimento do momento de posse. Apostados na consistência defensiva e em tentar tirar proveito de um momento de desequilíbrio do adversário para contra-atacar, o Farense teve muito pouca - quase nenhuma, na verdade - bola na Pedreira. O SC Braga controlou de início a fim, sempre instalado no meio-campo ofensivo e sem passar por grandes sobressaltos. Nas poucas vezes que os algarvios conseguiram ligar uma transição, também por pontual falta de agressividade arsenalista para matar a jogada, perderam-se na definição.

Os primeiros 20 minutos, principalmente, foram de grande dinâmica por parte dos bracarenses, que canalizaram muito pela ala esquerda - a sociedade entre Yuri Ribeiro, André Horta e Ismaël Gharbi deu ritmo ao ataque - e tiveram no falso 9 Bruma um vagabundo capaz de se movimentar pelas pequenas abertas no bloco contrário e delas fazer clareiras até à baliza de Ricardo Velho.

Como é apanágio, o guarda-redes fez a sua parte e segurou o emblema de Faro ao resultado o máximo que pôde. Apesar de um par de intervenções tanto vistosas quanto difíceis, nada pôde fazer quando lhe apareceu Ismaël Gharbi pela frente, aos 41 minutos, para finalizar um lance que começa com um corte falhado de Artur Jorge.

Estrutura diferente, mesmo resultado

No regresso dos balneários, Carvalhal lançou Amine El Ouazzani e Gabri Martínez e o SC Braga voltou declaradamente ao 4x2x3x1, com João Ferreira a passar para a lateral direita em definitivo. Do outro lado, apesar do resultado adverso, Tozé Marreco em momento algum abdicou da linha defensiva de cinco elementos. Mesmo quando mexeu e retirou Artur Jorge da partida, o técnico fez recuar Cláudio Falcão.

A toada manteve-se em relação à etapa inaugural. Os Gverreiros do Minho jogaram durante grande parte do tempo no meio-campo adversário e Matheus Magalhães limitou-se a ver a partida lá longe, a partir da baliza, à medida em que o desaparecimento do sol e a ausência de iniciativa dos algarvios no ataque lhe iam arrefecendo as mãos.

Apesar do domínio, a diferença no marcador estava na margem mínima e isso era a melhor notícia para o Farense, que de um momento para o outro - embora nada apontasse nesse sentido - poderia voltar à discussão pelos pontos. Era, portanto, mandatório para o SC Braga procurar o segundo golo que afastasse em definitivo as dúvidas e conferisse ao marcador uma segurança condizente com a que a equipa demonstrava na circulação. Chegou, por fim, ao minuto 70, numa cabeçada certeira de Amine El Ouazzani.

O Farense não arriscou minimamente quando a desvantagem era de apenas um golo e continuou sem arriscar quando o segundo apareceu. Restou, por isso, esperar que o relógio corresse até ao minuto 90, não sem antes Vitor Carvalho ter ficado muito perto de dilatar numa cabeçada devolvida pelo travessão. Depois da desilusão europeia, o SC Braga retomou o caminho das vitórias de forma segura e saltou, à condição, para o quarto lugar, com 17 pontos. O Farense continua com quatro pontos e a carregar a lanterna vermelha.