Jogada10
·7 April 2025
Dono da SAF cobra CBF por expulsão: ‘Cruzeiro não vai se calar’

Jogada10
·7 April 2025
A derrota do Cruzeiro por 3 a 0 para o Internacional pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro contou com o domínio do sentimento de revolta. Afinal, a avaliação é que a expulsão do zagueiro Jonathan Jesus ainda no primeiro tempo foi injusta. Com isso, o entendimento é que a decisão do árbitro Marcelo de Lima Henrique condicionou o resultado, neste domingo (6/4), no Beira-Rio.
Assim, o dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço, informou que o clube já buscou contato com a Comissão de Arbitragem da CBF. Isso porque deseja explicações do comitê pelo cartão polêmico questionável para o defensor. Com a intenção de protestar pelo episódio, o dirigente foi o único a se manifestar depois do jogo. Inclusive, condenou a maneira que se usa o árbitro de vídeo.
“O Alexandre (Mattos) já fez contato com a Comissão de Arbitragem, e o Cruzeiro não vai se calar, vai defender os direitos. Queremos tratamento igual”, informou Pedro Lourenço.
Além de Marcelo de Lima Henrique como árbitro principal em campo, Daiane Muniz foi quem comandou o VAR neste duelo. O dono da SAF do time celeste, dessa vez, ficou responsável por ser o chefe de delegação em viagem para Porto Alegre. Isso porque, Alexandre Mattos, o CEO e o principal representante do departamento de futebol permaneceu em Belo Horizonte.
Como informou Pedro Lourenço, o dirigente fez o primeiro contato com a Comissão de Arbitragem. A propósito, ainda durante a partida protestou contra a expulsão de Jonathan Jesus. Ele classificou a decisão como “assalto a mão armada”. O proprietário das ações da SAF da Raposa ainda indicou que erros de arbitragem que prejudicam seu time ocorrem de maneira frequente nesta temporada. Uma das principais contestações do Cruzeiro foi no confronto com o Atlético, quando Gabigol foi expulso.
A arbitragem argumentou que o atacante agrediu o adversário com o cotovelo ainda na primeira etapa. O zagueiro Lyanco, que esteve envolvido no lance também foi autor de lance passível de expulsão, mas não houve punição.
“Quase todos os jogos somos prejudicados pelo VAR, então para quem se paga o VAR? Se tem a tecnologia, é para ser usado. Eu não sei qual que a intenção do juiz, eu não posso julgar a pessoa, mas é muito lamentável o que aconteceu com a gente aqui hoje. Na realidade, acabou com o jogo”, disparou Pedro Lourenço.
O dono da SAF do clube mineiro contestou a atuação de forma geral de Marcelo de Lima Henrique. O mandatário alega que houve equívoco em outras decisões do juiz durante o embate.
“Temos nossos problemas com o nosso time, que tem os erros, mas um jogador expulso nas condições que aconteceu. Esperamos que as autoridades tomem as providências, e nós temos uma responsabilidade grande com a torcida. Pedimos desculpa, mas é quase impossível jogar. Com um minuto de jogo, os jogadores sendo pressionados, com falta daqui e dali ter VAR, a tecnologia, mas não usar. O Internacional não tem a ver com isso. Poderia ganhar sem o lance da expulsão. Lamentável que tenha acontecido isso com a gente”, concluiu Pedro Lourenço.
O árbitro decidiu apresentar o cartão vermelho para o defensor da equipe celeste aos 20 minutos da primeira etapa. Afinal, o juiz interpretou que ao cometer a falta em Wesley, Jonathan Jesus impediu uma chance clara de gol. Contudo, a alegação é de que houve um prejuízo ao Cruzeiro.
Isso porque tal situação mudou o enredo da partida. Antes deste acontecimento o duelo se caracterizava pelo equilíbrio entre as duas equipes. Inclusive, com diversas faltas de ambos os lados.
A partir da expulsão, os donos da casa cresceram no jogo e foram eficientes em aproveitar a vantagem numérica. Os jogadores da Raposa contestaram a decisão do juiz. Na sequência pediram que houvesse a revisão do VAR. Marcelo de Lima Henrique escutou as instruções do árbitro de vídeo e manteve o que assinalou em campo. Depois da partida, o Cruzeiro se pronunciou em repúdio a atuação da arbitragem por meio de uma nota oficial. O clube considera que houve arrogância, má vontade e incapacidade.
“ESTAMOS CANSADOS
Todos nós que amamos o futebol temos que deixar claro nossa indignação nesse momento.
O que aconteceu neste domingo (06/04), em Porto Alegre chega às barras da má vontade, da incapacidade, arrogância, prepotência e falta de controle total de quem é responsável pela arbitragem no futebol brasileiro.
Primeiro, precisamos eximir nosso adversário (o Internacional), até porque, o que ocorreu no lance da expulsão de nosso atleta Jonathan, diz respeito apenas ao árbitro e ao VAR.
O Cruzeiro pergunta: se tem o VAR, em um lance de expulsão, muito duvidoso, por que não consultá-lo?
A explicação é simples, arrogância, má vontade, falta de capacidade, pra falar o mínimo.
No futebol brasileiro é mais danoso subir na bola com os dois pés do que termos uma arbitragem fraca, com erros infantis e ninguém faz absolutamente nada.
Todos os clubes fazem seus protestos com requerimentos e vídeos e nada resolve. Não se faz nada efetivamente para melhorar a arbitragem brasileira. Apenas discurso de quem dirige as entidades do futebol. “Vamos resolver”, claro chute para o futuro sem uma solução imediata, para um problema que só causa muito desconforto e desconfiança, além do descrédito.
Começamos o campeonato nacional, um dos mais importantes do mundo, e as reclamações são as mesmas, sempre a arbitragem, seus erros absurdos e seus prejuízos às equipes, e lógico, ao campeonato.
Quando será que alguém vai fazer algo para melhorar a arbitragem e acabar com a soberba e a arrogância de quem também deveria zelar pelo futebol?
O Cruzeiro não vai mais se conformar e se curvar diante de tantos erros.
Esperamos muito mais de quem se diz competente para administrar o futebol brasileiro.
Exigimos atitude e mudanças imediatamente.
Acabou a paciência.”
Langsung