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·12 Februari 2025

Ex-zagueiro do Corinthians relembra conselho decisivo de Tite

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  1. Por Jailson Menezes / Redação da Central do Timão

Na noite da última terça-feira, 11, o ex-zagueiro Leandro Castán, que atuou pelo clube de 2010 a 2012, foi convidado para participar do PoropoPod, programa de videocast da Corinthians TV. Entre os assuntos, Castán relembrou sua chegada ao clube com a ajuda de Fábio Carille.

“O Fábio Carille, que era auxiliar técnico do Barueri, veio para o Corinthians. Aí o Mano (Menezes, então treinador do Timão) perguntou: ‘Carille, quem do time do Barueri joga aqui?’. O Carille respondeu: ‘Castán e Ralf’. O Mano, que já estava acompanhando a gente, validou a contratação, e chegamos juntos ao Corinthians em 2010. Surgiu uma negociação com o Grêmio, e eu estava esperando, mas era por empréstimo. Na semana em que eu iria para Porto Alegre, a diretoria do Corinthians ligou e disse: ‘O Mano Menezes quer o Castán’. Foi tudo muito rápido. Eles compraram meu passe, assinaram um contrato de três anos e acertaram minha chegada ao Corinthians”, revelou o ex-jogador.


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Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Castán foi contratado em 2010 e, já em sua primeira temporada, fez 22 jogos. O defensor contou que demorou para se adaptar ao Timão, mas que, após uma conversa com Tite, conseguiu assumir a titularidade da equipe.

“Minha adaptação foi lenta, joguei muito pouco em 2010. Em 2011, o Tite teve uma conversa essencial comigo. O William (zagueiro) saiu, e a torcida começou a pedir um zagueiro experiente. Eu nunca tinha feito três jogos seguidos como titular, e ele me disse: ‘Vou te dar o Paulistão. Se você for bem, eu não trago ninguém. A bola está com você’. Ele foi muito fera comigo. No meio do Paulista, tivemos a eliminação para o Tolima, mas ele cumpriu a palavra e me manteve até o fim do campeonato. Chegamos à final, perdemos para o Santos, mas logo começou o Brasileirão. Emendamos dez jogos sem perder, fomos campeões, e o resto é história”, relembrou.

Após conquistar a Libertadores em 2012, Leandro Castán foi vendido para a Roma, da Itália, por 5,5 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões na época). Castán disse que a saída foi motivada pelo sonho de jogar na Seleção Brasileira e pela chance de atuar na Europa.

“Foi uma escolha muito difícil. Quando acabou o Brasileirão de 2011, recebi uma proposta de um time da Chechênia, com um salário que resolveria minha vida. Fiquei confuso, e o Tite me chamou na sala: ‘O que está acontecendo?’. Eu respondi: ‘Professor, apareceu essa proposta. Vou resolver minha vida financeira, mas é longe pra caramba, vou sumir do futebol’. Ele então disse: ‘Joga a Libertadores e sai daqui consagrado’. Eu ouvi o conselho dele, disputei a Libertadores e, a partir das oitavas e quartas, começaram a surgir várias propostas. Uma delas foi da Roma, que me oferecia uma vaga de estrangeiro. Era minha única chance de jogar na Europa. Mas, do outro lado, o Corinthians estava fazendo história e indo para o Mundial”, relembrou Castán.

“Fui muito racional. Meu objetivo era jogar uma Copa do Mundo, e o treinador da Seleção era o Mano Menezes. Lembro claramente, o Mano dizia que ia ver os jogos do Corinthians para observar o Ralf, o Paulinho e o Castán, mas só convocava os dois. A imprensa o criticava por levar apenas jogadores do Corinthians, e eu pensava: ‘Só vou para a Seleção no dia que sair do Corinthians’. Quando fui para a Roma, na primeira convocação, ele me chamou. Eu estava certo, mas foi uma escolha muito difícil para mim”, complementou Leandro.

Em 2018, o Corinthians cogitou a contratação do zagueiro, que defendia o Vasco da Gama. No entanto, o interesse não se concretizou, e o jogador revelou que tinha receio de voltar ao clube do Parque São Jorge.

“Eu não me sentia mais o mesmo para voltar. Na verdade, tive medo. Todas as vezes em que tive oportunidade, eu ‘dei uma pipocada’ e, quando realmente quis voltar, não tive a chance. Chegou um momento em que pensei: ‘Minha história está feita lá, e eu não quero manchar isso'”, confidenciou.

O ex-jogador fez uma série de elogios ao zagueiro Murillo, formado pelo Corinthians e que está se destacando no futebol inglês, onde defende o Nottingham Forest. Castán também cobrou mais oportunidades para o jogador na Seleção Brasileira.

“Um zagueiro que eu gosto muito hoje é o Murillo. Para mim, ele pode ir muito mais longe do que já está. Acho que ainda falta mais oportunidade para ele na Seleção Brasileira. Ele está em um nível muito alto e, para mim, é o melhor zagueiro do Brasil hoje”, finalizou.

Pelo Corinthians, Leandro Castán conquistou os títulos do Brasileirão de 2011 e da Libertadores de 2012. Em três temporadas pelo clube, fez 111 jogos, sendo 106 como titular, e balançou as redes em três oportunidades.

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